São Paulo só terá cana-de-açúcar???
7 de julho de 2006
Como evitar a variabilidade de resultados em programas de IATF
11 de julho de 2006

MS: preço da carne cai com embargos

O excesso de oferta de carne no MS em decorrência das restrições impostas desde os focos de febre aftosa, e a retração econômica vivenciada no estado já provocaram queda de até 15% no ano em preços de determinados cortes de carne bovina em Campo Grande/MS.

Dados do Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) comprovam que todos os cortes bovinos estão mais baratos neste mês nos estabelecimentos da capital, na comparação com os valores praticados no começo do ano.

Segundo informações do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da Uniderp, que calcula o IPC, o custo do cupim, por exemplo, caiu 14,4% no primeiro semestre de 2006, com preço médio do quilo passando de R$ 5,96 em janeiro, para R$ 5,10 em junho. O quilo da costela ripa saiu de R$ 3,16 no primeiro mês de 2006, para R$ 2,72 no mês passado, queda de 13,9%. Outro exemplo de forte redução no valor é o mocotó, que chegou a ficar 15,1% mais barato em junho (R$ 1,89), na comparação com o preço médio de comercialização em janeiro (R$ 2,22).

Os cortes menos procurados, como fígado, rins e mocotó, tiveram as maiores reduções nos preços no acumulado de janeiro a junho de 2006. Já os cortes cuja procura é maior, tiveram redução menos expressiva, como contra filé, alcatra, paleta e patinho.

Segundo o coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, o clima seco do inverno prejudica as pastagens e reduz a oferta de boi gordo destinado ao abate. O resultado é a menor oferta de carne e o aumento nos preços aos consumidores, pois a arroba do boi gordo deve sofrer valorização. A reportagem é de Marco Antônio Gehlen para o Correio do Estado/MS.

Os comentários estão encerrados.