Um mês depois de a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhecer a Zona de Alta Vigilância (ZAV) de Mato Grosso do Sul como livre de febre aftosa com vacinação, a realidade para os produtores rurais ainda é a mesma em relação às regras de controle sanitário. A regulamentação da ZAV depende de entendimento entre Ministério da Agricultura (Mapa) e sua representação no Estado, a Superintendência Federal da Agricultura (SFA/MS); Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul); e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). Já foram realizadas reuniões desde o anúncio da OIE, no sentido de definir medidas a serem tomadas para atender à nova realidade.
Um mês depois de a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhecer a Zona de Alta Vigilância (ZAV) de Mato Grosso do Sul como livre de febre aftosa com vacinação, a realidade para os produtores rurais ainda é a mesma em relação às regras de controle sanitário.
A notícia gerou grande expectativa entre os pecuaristas, segundo o presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho/MS, Italívio Coelho Neto. Chegou a ser anunciado, entre outras medidas, que os testes sorológicos no rebanho bovino e bubalino não seriam mais necessários, e que a quarentena para os animais transitarem fora da região de fronteira seria dispensada.
“Seria muito bom se fosse verdadeiro, mas está tudo igual. Nada aconteceu e os produtores ficaram frustrados”, afirmou Italívio, atribuindo o fato à inércia do governo estadual em agilizar a mudança das normas. “O produtor rural sempre fez e vai continuar fazendo a parte dele, que é de cooperação. O problema agora é todo de responsabilidade do governo”, completa.
A regulamentação da ZAV depende de entendimento entre Ministério da Agricultura (Mapa) e sua representação no Estado, a Superintendência Federal da Agricultura (SFA/MS); Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul); e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). Já foram realizadas reuniões desde o anúncio da OIE, no sentido de definir medidas a serem tomadas para atender à nova realidade.
De acordo com o fiscal federal da SFA/MS, Orasil Romeu Bandini, a minuta com as novas regras já foi elaborada e atualmente encontra-se na consultoria jurídica do Mapa, podendo ser publicada a qualquer momento. A flexibilização da ZAV irá compreender o fim da quarentena e a dispensa de inspeção para animais que transitarem fora da área de alta vigilância. A identificação individual do gado será mantida.
A vacinação com agulha oficial também não será mais necessária, e os próprios pecuaristas deverão proceder à imunização do rebanho. A campanha está prevista para iniciar em 1º de abril e durar até 15 de maio. Os produtores rurais só vão ter mudanças nos procedimentos depois que a nova instrução normativa seja publicada em Diário Oficial da União.
A ZAV é composta por 13 municípios da fronteira com Paraguai e Bolívia: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas. Nessa região, são criados cerca 800 mil bovinos e búfalos.
A matéria é de Hélder Rafael, publicada no portal MidiaMax, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.