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MS: produtores da ZAV pedem flexibilização das regras

Os produtores rurais situados na Zona de Alta Vigilância (ZAV), que compreende uma área de 15 km na fronteira de MS com o Paraguai e Bolívia, confiam que as limitações impostas para a criação e comercialização de gado na região estão com os dias contados.

Os produtores rurais situados na Zona de Alta Vigilância (ZAV), que compreende uma área de 15 km na fronteira de MS com o Paraguai e Bolívia, confiam que as limitações impostas para a criação e comercialização de gado na região estão com os dias contados.

Na busca por uma maior flexibilização quanto aos procedimentos operacionais que os produtores devem cumprir por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dirigentes discutiram o assunto durante reunião da OIE, que ocorreu em Paris, em maio passado. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Corrêa Riedel, esteve com representantes do setor produtivo no evento, quando foi protocolado pedido de área livre da aftosa com vacinação para a ZAV. Entre as dificuldades que os produtores da região têm em relação à comercialização está a desvalorização do produto oriundo da ZAV.

O médico veterinário e consultor técnico da Famasul e Senar/MS, Horácio Tinoco, acredita que mesmo que o pedido seja aceito e a ZAV tenha o status de área livre da aftosa com vacinação, alguns procedimentos ainda deverão permanecer. “Esperamos que a resposta da OIE saia até meados de agosto, porém algumas medidas provavelmente ainda deverão ser tomadas, como a identificação individual dos animais”, ressalta.

Para o presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, que também estava presente na reunião da OIE, em Paris, e participou do protocolo do pedido feito pela Famasul, a ZAV já está em tempo de ser integrada. “A tendência dessa zona após esses dois anos de cumprimento das normas, que foram todas cumpridas, tanto pelos produtores como pelos órgãos sanitários, é de que seja liberada”, acredita Nogueira.

O presidente do sindicato rural de Ponta Porã, Jean Pierres Paes Martins, ressalta a excelência do trabalho realizado tanto por produtores quanto pelos órgãos competentes. “Houve sincronização entre os produtores e a Iagro, favorecendo a execução das nossas atividades diárias”, garante. Jean lembra que mesmo com as medidas sendo prontamente cumpridas, os produtores continuam desfavorecidos ao comercializar seu rebanho. “Precisamos de uma solução rápida, caso contrário continuaremos a ter prejuízos. A ZAV é ótima compradora, porém não conseguimos vender nosso gado com a mesma facilidade com que compramos e tampouco pelo mesmo valor”, conclui.

As informações são da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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