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MS: produtores estão preocupados com efeitos da crise

A turbulência no mercado internacional preocupa o setor produtivo de Mato Grosso do Sul. Por um lado, agricultores temem não ter recursos para financiar a safra, já que a fonte de 40% a 50% dos financiamentos é privada. De outro, pecuaristas vendem quase que a totalidade dos seus bois para pagamento em 30 dias e muitos frigoríficos operam na bolsa e sentem os efeitos de desvalorização de ações.

bois para pagamento em 30 dias e muitos frigoríficos operam na bolsa e sentem os efeitos de desvalorização de ações.

O presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior, afirma que os recursos do governo federal para financiamento da safra atendem apenas 30% da demanda e muitos produtores acabam tendo que buscar o financiamento de multinacionais. Como estas empresas captam recursos no mercado externo, um primeiro reflexo esperado é que o crédito fique mais caro.

No setor pecuário o crédito também desperta a preocupação, mas por outro motivo: quase 100% das vendas de bovinos aos frigoríficos são feitas com prazo de 30 dias para pagamento e como muitas indústrias têm capital aberto estão assistindo às suas ações despencarem na bolsa. “Isso significa a diminuição do patrimônio das empresas”, avalia o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto.

Por enquanto, afirma, o mercado físico ainda não foi atingido, ou seja, os preços do boi e as compras estão mantidas. Mas se a situação se arrastar por mais alguns meses, diz Laucídio, a tendência é que o setor amargue os efeitos da crise. “O momento é de muita precaução e desconfiança”, diz.

A matéria é de Fernanda Mathias, publicada no Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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