O governador André Puccinelli (PMDB) tentou tranqüilizar os produtores rurais do Estado, que estão preocupados com o anúncio de importação de gado em pé do Alto Paraguai. Eles temem que a importação gere expectativa de excesso de oferta e derrube os preços da arroba em Porto Murtinho.
O governador André Puccinelli (PMDB) tentou tranqüilizar os produtores rurais do Estado, que estão preocupados com o anúncio de importação de gado em pé do Alto Paraguai. Eles temem que a importação gere expectativa de excesso de oferta e derrube os preços da arroba em Porto Murtinho.
“Eles que venham falar com o governo para saber que o que estão falando não é verdadeiro. Não tem nada de importação, o frigorífico de Porto Murtinho/MS, que tem capacidade de abate de 800 animais por dia, tem no entorno 300 animais, o que vai dar de 250 a 300 empregados. Então o número de animais vai ser completado, mas especificamente no frigorífico de Porto Murtinho, baseado em estudo do Ministério da Agricultura. Não vai ser importado para mais”, garantiu o governador, em Campo Grande/MS.
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) alerta que a importação de gado em pé implica em riscos para o Estado.
O presidente da entidade, Ademar Silva Júnior, destaca que o Marfrig não tem desossa o que gera uma preocupação quanto à sanidade animal ainda maior para a pecuária brasileira. Outra reclamação é por concorrência desleal de preço da arroba, já que no Paraguai a carga tributária é maior.
O presidente do Sindicato Rural de Porto Murinho, Italívio Coelho Neto, também demonstra preocupação quanto à sanidade. Ele alerta que a faixa vizinha ao Alto Paraguai não está com a ZAV (Zona de Alta Vigilância]) concluída, o que não traz garantias ao Estado.
A matéria é de Fernanda França, publicada no site Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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O governo que me desculpe, mas isto é o mercado que o frigorífico quer, aqui em Campo Grande tem um frigorífico com capacidade para abater 3500 animais e só abate 1500, a maioria das plantas do Brasil não estão abtendo a sua total capacidade, tanto que o boi caiu e o preço da carne não, isto é uma estratégia, pode ter certeza que vão buscar o boi no Paraguai porque lá o preço convida, agora dizer que não tem nada de importação, então é contrabando.
Abra a fronteira para o produtor brasileiro comprar insumos, combustível no Paraguai, cobre os mesmos impostos do Paraguai, e dê ao produtor brasileiro as mesmas obrigações que o produtor paraguaio tem, com meio ambiente, trabalhistas etc., que nós também vamos vender boi de R$50,00 e vamos enfim ganhar dinheiro.
Um abraço
o governo ja perdeu a copa para cuiba agora quer perder a pecuaria para o paraguai
Concordo plenamente com o colega Antonio. Mas vale salientar que o governo não esta pensado no produtor rural, beneficiar a indústria que não fez um planejamento antes de montar a planta e sacrificar o setor primário é uma verdadeira palhaçada. Como que exigem que o Brasil se enquadre nas normas européias e enquanto o Paraguai leva tudo nas cochas e ainda querem entrar com animal vivo no Brasil. Qual é? Que governo é esse?
Meu amigo Governador, só quem tem propriedade na fronteira para saber o transtorno que foi quando implementou a zona de alta vigilância, agora quer fazer tudo o contrario que foi implementado. Acorda Brasil. Ninguém é palhaço de político que visa fazer política sobre a cadeia primária do pais.
Perder a copa até concordo, mas perder o mercado de carne bovina que esta decolando é inadimissivél.
Concordo em plenitude com Antonio Pereira Lima! Acrescento ainda que os produtores de carne, principalmente os localizados na área de alta vigilância, não podem aceitar essas formas claras e covardes de favorecimento de determinadas empresas em total desfavor a toda classe produtora. Devemos nos unir e mobilizar contra esta liberação. Como se não tivessemos mais com o que nos peocupar!!!
O Governo tem que liberar os Bois do Paraguay sim, a populacao nao pode pagar mais caro o KG da carne porque os pecuaristas formaram um Cartel. Essa historia que os pecuaristas sempre pagam a conta e conversa fiada, eles sao incompetentes para produzir, nao geram empregos e pagam uma merreca para os funcionarios e ainda chamam os mesmos de peao.
Alguém pode me dizer por que o Marfrig construiu um frigorifico lá no fim do Estado? Será que alguém tinha fazenda no outro lado e queria vender seus bois aqui? Mal dimensionamento? Interesse politico? Não conhecimento do mercado?
Nós simples mortais, trabalhadores do campo talvez nunca saberemos, mas com certeza tem gente que sabe muito bem.
Caro Sr Paulo César Ferreira, nunca vi uma pessoa tão objetiva, dizer tantas besteiras usando tão poucas palavras, acho que o seu amigo que tem boi no Paraguay botou o Sr numa fria. Procure saber melhor sobre o que o Sr escreveu, que com certeza, como nós falamos aqui no mato, o Sr pode escapar d´um raio, mas do arrependimento jamais.
Um abraço
Sr Paulo César Ferreira, não consigo imaginar em que area o Sr dá consultoria/ extenção. Nessa area de pastagem, ciência animal etc tenho certeza que não deve ser. Me admiro ainda haver pessoas sem o bom senso para fazer comentários desta natureza. No mínimo o Sr não entende nada de pecuária dizendo coisas como cartel, incompetentes etc. Visite uma fazenda de engorda, e procure saber o que é a ZAV no MS.
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