MS quer se tornar o melhor produtor de carnes

A criação do Programa de Avanços da Pecuária de Mato Grosso do Sul foi motivada pelos atuais níveis de produtividade da pecuária sul-matogrossense, que estão abaixo da potencialidade existente, e pela demanda por produtos de qualidade, padronizados e disponíveis de forma contínua, e a necessidade de ajustes tecnológicos que permitam produção com mais eficiência e eficácia.

Conforme explicou o secretário da Produção e do Turismo, José Antônio Felício, por meio de sua assessoria, o programa tem como objetivos específicos: aumentar o desfrute dos rebanhos do Estado, incrementar e diversificar a produção de animais de qualidade e conformidade, criar condições de estímulo ao produtor para continuar a exploração da pecuária extensiva do Pantanal, em moldes empresariais, desenvolver e conquistar os mercados de carnes de qualidade, elevar o nível de produtividade do sistema de produção de carnes especiais, ampliar a produção de couro de qualidade e a produção de vitelo orgânico do Pantanal.

Para atender todos os objetivos propostos, o programa foi subdividido em sub-programas: o de apoio à produção de bovinos de qualidade e conformidade, envolvendo o novilho precoce, o nelore natural e o vitelo pantaneiro; o de apoio à criação de suínos; o de apoio à criação de ovinos e caprinos de qualidade e conformidade; o de fortalecimento da piscicultura e da valorização da qualidade do couro bovino.

Conforme o secretário, tudo foi previsto com metas previamente estipuladas, para que nenhum sub-programa fique emperrado. As metas por ano são: produzir 400 mil bovinos precoces, 80 mil bovinos nelores naturais, um milhão e 300 mil suínos; 15 mil cordeiros e instalar centros tecnológicos do couro e da carne.

Para atingir essas metas foram definidas estratégias como credenciar indústrias frigoríficas adaptadas às leis ambientais, trabalhistas e sociais; implementar o processo de rastreabilidade bovina; inserir tecnologia das boas práticas de produção e industrialização nas cadeias da pecuária; estabelecer parcerias para execução do programa e implementar um plano piloto, cujos resultados servirão para balizar o Programa Vitelo Pantaneiro.

Também são estratégias reformular e/ou instituir benefícios fiscais aos produtores participantes; o estabelecimento de convênio com a Associação dos Criadores de Nelore Natural; colaborar na viabilização dos centros tecnológicos do couro e da carne e a instalação das câmaras setoriais da bovinocultura, piscicultura, suinocultura e ovino-caprinocultura.

O Governo do Estado não poupou isenções com a instituição dos novos programas. Os incentivos que eram dados ao novilho precoce, por exemplo, que haviam sido reduzidos, foram novamente ampliados com o objetivo de assegurar todas as condições para que MS efetivamente se torne não apenas o maior produtor, mas o produtor da melhor carne bovina e das melhores carnes de suínos, aves, peixes e outros pequenos animais.

Fonte: Correio do Estado/MS, adaptado por Equipe BeefPoint