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MS: região interditada inicia abates

Começou oficialmente na sexta-feira (16/02), em Mato Grosso do Sul, os abates sanitários de 30 mil bovinos, com o objetivo de eliminar os resíduos da febre aftosa na região onde persiste atividade viral em Mundo Novo, Eldorado e Japorã, que têm rebanho de 153 mil cabeças de gado.

Começou oficialmente na sexta-feira (16/02), em Mato Grosso do Sul, os abates sanitários de 30 mil bovinos, com o objetivo de eliminar os resíduos da febre aftosa na região onde persiste atividade viral em Mundo Novo, Eldorado e Japorã, que têm rebanho de 153 mil cabeças de gado, segundo matéria de João Naves, para o jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de várias negociações entre pecuaristas e autoridades sanitárias, a opção foi pelo abate sanitário, como forma do estado alcançar mais rapidamente o status de área livre de aftosa. Para tanto, foi determinado incentivo com a isenção de ICMS aos frigoríficos escalados para os abates.

Segundo o governador André Puccinelli (PMDB), o estado deixará de arrecadar R$ 18 milhões em ICMS com a medida. O valor pode ser maior, caso os abates ultrapassem a cota estimada em 30 mil cabeças. Segundo o superintendente da Agricultura no MS, Orlando Baez, citado em notícia da Folha de S. Paulo, o número pode chegar a 60 mil.

Ainda segundo o Estado de S. Paulo, o gado é vendido aos frigoríficos, o que dispensa indenização aos produtores. O trânsito dos animais desses municípios só será permitido para abates imediatos nos frigoríficos Fribrasil Alimentos Ltda e Abatedouro Folador, em Eldorado; União de Iguatemi e Diplomata S/A Indústria e Comércio, em Iguatemi; e Abatedouro Folador & Kereck Ltda, em Mundo Novo.

A carne será destinada a qualquer município sul-mato-grossense e também poderá ser levada para outros estados. Porém, terá de ser maturada, desossada e os demais produtos e subprodutos, submetidos a tratamentos físicos ou químicos capazes de inativar o vírus da febre aftosa.

Os veículos que transportarão os animais terão de ser higienizados pelos frigoríficos. Após o abate, os frigoríficos também terão de passar pelo processo de higienização.

Paralelamente, outras medidas estão sendo adotadas para afastar a possibilidade de novos contágios da doença. O Iagro está recadastrando as fazendas da região de fronteira. Segundo a secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, a medida vai contemplar todos os imóveis rurais da fronteira, “desde o sul até o norte do estado” – são 6.700 fazendas. E todo o rebanho bovino na divisa com o Paraguai receberá a vacina antiaftosa a partir do mês que vem.

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  1. Paulo Sérgio de Abreu Pierin disse:

    Merece elevados elogios esta atitude do governador André Puccinelli. Que seu ato sirva de exemplo aos outros governadores, para assim agirem, caso venha a ser detectada a possibilidade de surto de febre aftosa, em rebanhos bovinos.

    É de notório conhecimento que tal doença acomete somente aos animais, nada prejudicando ou afetando os humanos. O desperdício da carne incinerada ou simplesmente enterrada, quando acontece dói em todos os produtores. Espero que este governador venha também a criar exigências aos laboratórios que “fabricam” as vacinas contra febre aftosa, mas que uma vez aplicada, não mais permite a certeza do exame para se detectar a presença do vírus, ou seja, todo o rebanho em contato com uma única rês afetada, estará condenado. Seu destino será o abate sumário. Melhorar a vacina é o ponto crucial para se erradicar a febre aftosa no rebanho bovino.