Detalhes do relatório europeu sobre a situação sanitária em Mato Grosso do Sul podem prejudicar a recuperação do status de área livre de febre aftosa pleiteado pelo estado junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Detalhes do relatório europeu sobre a situação sanitária em Mato Grosso do Sul podem prejudicar a recuperação do status de área livre de febre aftosa pleiteado pelo estado junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Os europeus apontam que 22 das 118 fazendas que tiveram os animais sacrificados por causa do aparecimento da aftosa “atendiam ao critério” da OIE para “notificar um foco” da doença. O que não teria sido feito.
Segundo eles, as fazendas registraram amostras positivas de “proteínas não-estruturais” do vírus da aftosa, além de lesões compatíveis com a doença e ligações epidemiológicas com focos anteriores.
Também segundo o documento, não foram introduzidos animais-sentinela, nem tampouco definidos alvos para uma vigilância clínica ou visual depois do repovoamento das fazendas. E foram movimentados animais sem restrição.
“A OIE tem técnicos bem preparados e sabe de quando é esse relatório. Eles analisam com mais profundidade esse tema do que uma missão da UE”, rebateu o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz.
O diretor de Saúde Animal do ministério, Jamil Gomes de Souza, comandou as ações federais no estado e apontou confusão dos europeus no caso. “Houve falta de entendimento deles. Foi comunicado à OIE e UE, mas como estudo soroepidemiológico porque não caracterizava focos de aftosa”, disse em reportagem de Mauro Zanatta, do jornal Valor Econômico.