Mercado Físico da Vaca – 04/02/11
4 de fevereiro de 2011
Mercados Futuros – 07/02/11
8 de fevereiro de 2011

MS: ZAV conquista status livre de aftosa com vacinação

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por meio da Comissão Científica, reconheceu nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, a Zona de Alta Vigilância (ZAV) de Mato Grosso do Sul como livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, todo o estado passa a ter essa classificação.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por meio da Comissão Científica, reconheceu nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, a Zona de Alta Vigilância (ZAV) de Mato Grosso do Sul como livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, todo o estado passa a ter essa classificação.

A decisão foi comunicada ao secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, pelo diretor-geral da OIE, Bernard Vallat. “Trata-se do reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos técnicos do Ministério da Agricultura e dos fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal”, explica o diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques.

“É o reconhecimento de um esforço mútuo que pode ser considerado uma recompensa para os produtores da região, que assumiram todos os ônus de medidas como a quarentena e o afastamento dos mercados internacionais”, ressaltou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Corrêa Riedel.

Tereza Cristina da Costa Dias, secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), que comemorou a decisão da organização internacional. “Com o fim da ZAV, os pecuaristas passarão a ser tratados de maneira igualitária e os benefícios para as propriedades, para a economia e para o Estado são significativos”, declarou.

Em nota, o governador André Puccinelli disse que a decisão da OIE é da mais alta importância para Mato Grosso do Sul. “Essa atitude demonstra que nossa política de controle sanitário sempre esteve correta e segura”, diz a nota. “Temos o reconhecimento internacional o que, sem dúvida, deve estimular ainda mais a pecuária do nosso Estado, em especial os produtores da região Sul que podem respirar aliviados”, comentou Puccinelli.

Entre as medidas que contribuíram para o reconhecimento da OIE, o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, destaca o controle efetivo do trânsito dos animais, a vigilância intensiva, a identificação individual do rebanho e a vacinação oficial, que contou com a fiscalização dos técnicos estaduais e do governo federal. “Essa iniciativa vai contribuir para conquistarmos mercados importantes que veem como requisito o estado inteiro estar livre da doença com vacinação”, enfatiza Jardim.

Em 2001, o Mato Grosso do Sul tinha alcançado o status de livre de febre aftosa com vacinação pela OIE. Mas, com o surgimento de um foco da doença, em 2005, o organismo internacional decidiu suspender esse reconhecimento. Em 2008, parte do estado retornou à condição de área livre com vacinação, exceto a Zona de Alta Vigilância (ZAV), que foi implantada na época. Após ações intensivas na região, em agosto de 2010, o Ministério da Agricultura encaminhou o pedido do restituição do status.

A Zona de Alta Vigilância é composta por 13 municípios: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas. Essas cidades fazem fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Nessa região, são criados cerca 800 mil bovinos e búfalos.

As informações são do Mapa, Famasul e Campo Grande News, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Parabéns a todos os responsáveis pela conquista: pecuaristas, governo estadual, governo federal, etc. O MS possui o segundo maior rebanho do país e fez um grande esforço para recuperar o status de livre de aftosa para todo seu território. Espero contudo que sejam mantidos cuidados especiais para zonas fronteiriças, pois inevitavelmnete representam maior risco e exigem maior atenção.

  2. Durval Martins da Silveira disse:

    Espero q cada um dos brasileiros ligados a pecuária,principalmente os sul-matrogrossenses tenham tirado uma grande lição deste processo difícil,caro, penoso,q foi todos os desdobramentos do foco de febre aftosa de outubro de 2005 no MS.
    Nunca ficou totalmente claro o q de fato aconteceu,quais as causas daquele foco.O certo é q se alguns achavam q estavam levando vantagem,contrabandeando gado do Paraguai,outros criando gado do lado de lá e comercializando de cá etc,tudo isso sempre existiu,só q na hora da desgraça sobrou p todos.
    Todos nós temos q encarar a vigilância sanitária nas nossas fronteiras externas,como uma questão de Segurança Nacional, se não daqui pouco volta tudo outra vez, e o futuro da nossa pecuária estará ameaçado.