Já está na reta final o processo para que a ZAV (Zona de Alta Vigilância) seja reconhecida como área livre de febre aftosa com vacinação. A secretária de Produção, Tereza Cristina Correa da Costa, disse que no fim de maio o governo encaminhou à OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) o pedido de reconhecimento.
Já está na reta final o processo para que a ZAV (Zona de Alta Vigilância) seja reconhecida como área livre de febre aftosa com vacinação. A secretária de Produção, Tereza Cristina Correa da Costa, disse que no fim de maio o governo encaminhou à OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) o pedido de reconhecimento, respondeu às solicitações de documentação e encaminhou o resultado da avaliação sorológica feita nos municípios.
Segundo a secretária, também está em análise no Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, a proposta de retirada de algumas medidas implantadas na ZAV, que já cumpriram com seu propósito nos últimos anos, como a quarentena, vacinação com agulha oficial e lacre de caminhões boiadeiros.
Ela ressalta, porém, que a vigilância continuará sendo diferenciada nos municípios que fazem fronteira com o Paraguai e a Bolívia, e que, inclusive, algumas ações adotadas na ZAV devem ser estendidas ao restante do Estado, por terem surtido efeito positivo e serem consideradas exemplares.
A ZAV foi implantada após ocorrência de focos de febre aftosa na região de fronteira com o Paraguai, em outubro de 2005, compreende uma área de 15 km na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia, abrangendo os municípios de Antônio João, Japorã, Mundo Novo, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho, Sete Quedas e Corumbá. Ao todo são seis mil produtores nestas cidades.
Os produtores clamam pelo fim de medidas sanitárias que, segundo eles, trazem transtorno e reduzem a competitividade dos pecuaristas dos municípios compreendidos na área tampão.
Os produtores acreditam que o propósito da ZAV já se cumpriu e reclamam que as quarentenas ocasionam grandes transtornos operacionais. Além disso, defendem que vacinações poderiam ser feitas pelos próprios produtores ou assistidas, mas sem agulha oficial e reclamam que os preços são aviltados pelo fato de integrarem a ZAV.
O presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho/MS, Italívio Coelho Neto, critica a lentidão e a burocracia nos processos de vacinação. “A burocracia é terrível, a gente não consegue agilidade nos negócios por causa dela. Além do mais, a vacinação na região que começou atrasada e, já era para ter acabado no mês de maio, ainda continua, prejudicando toda a classe”, afirma.
A matéria é de Fernanda Mathias, publicada no Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.