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MS: zona de alta vigilância sanitária gera polêmica

O anúncio da criação de uma zona de alta vigilância sanitária em 13 municípios da região de fronteira do Mato Grosso do Sul já encontrou resistência no setor produtivo Ontem, a Comissão dos Produtores Rurais dos Municípios de Fronteira divulgou nota, afirmando que discorda do acordo de medidas sanitárias assinado na última sexta-feira entre Brasil e o Paraguai, por conter medidas de exclusão e discriminação em relação às áreas que não se encontram na zona infectada.

O anúncio da criação de uma zona de alta vigilância sanitária em 13 municípios da região de fronteira do Mato Grosso do Sul já encontrou resistência no setor produtivo, que ficará impedido de exportar bovinos por dois anos, no mínimo. Em Bela Vista, por exemplo, 70% das propriedades e 90% do rebanho estão dentro da faixa de alta vigilância.

Ontem, a Comissão dos Produtores Rurais dos Municípios de Fronteira divulgou nota, assinada pelo presidente da entidade, Luiz Carlos Pantalena, afirmando que discorda do acordo de medidas sanitárias assinado na última sexta-feira entre Brasil e o Paraguai, por conter medidas de exclusão e discriminação em relação às áreas que não se encontram na zona infectada. A comissão representa pecuaristas que são responsáveis por cerca de 10% do rebanho bovino do estado.

“Os 13 municípios vão sofrer sanções sanitárias muito rígidas que vão excluí-los do mercado”, disse Pantalena, destacando que entre as exigências está a realização de sorologia e quarentena. As informações são de Clodoaldo Silva, do Correio do Estado/MS.

Em audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS) defendeu que haja um controle rígido por parte no Brasil na vacinação do gado paraguaio. “O Brasil tem de vacinar lá (no Paraguai) para ter certeza de que vacinaram seu rebanho”.

A secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, reclamou da dificuldade do governo federal em liberar recursos e o reduzido investimento que é feito. Ela citou que o poder público investe apenas US$ 0,27 por cabeça de gado em sanidade, para um setor que gera receita de US$ 9 bilhões/ano.

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