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MST, a imagem do atraso

O MST foi criado em 1984, em pleno processo de redemocratização do País, por iniciativa de sindicatos de trabalhadores rurais, organizações sociais voltadas para os problemas do campo e, especialmente, a Comissão Pastoral da Terra. Mas o sectarismo ideológico acabou transformando os assentamentos rurais que o MST controla em todo o País, todos fortemente dependentes de financiamento governamental, numa tentativa anacrônica de preservar uma estrutura de produção de subsistência.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocupou no último dia 10 as sedes de quatro prefeituras no Sul da Bahia – Prado, Mucuri, Itabela e Itamaraju – e ameaçou invadir, nos dias seguintes, outras 50 na mesma região. Menos de 48 horas depois, suas lideranças anunciaram que os prédios estavam sendo desocupados em função do “êxito total” nas negociações com as administrações municipais e desmentiram novas invasões.

Ao mesmo tempo, anunciava-se que o movimento dito social planeja uma série de invasões de propriedades rurais e de repartições públicas em todo o País – um “janeiro quente” destinado a testar o comportamento do governo Dilma. Nenhuma novidade. Com a imagem desgastada junto à opinião pública e sua credibilidade comprometida em todos os níveis do poder público, parece não restar ao MST senão o jogo de cena, como recurso para demonstrar que está vivo e continuar fazendo jus aos enormes privilégios e benesses que conquistou ao longo dos oito anos do governo lulista.

O MST foi criado em 1984, em pleno processo de redemocratização do País, por iniciativa de sindicatos de trabalhadores rurais, organizações sociais voltadas para os problemas do campo e, especialmente, a Comissão Pastoral da Terra, então vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mas que adquiriu autonomia, na medida em que se abriu para fiéis de outros credos cristãos e, mais importante do que isso, passou a ser dominada pelo pensamento marxista e pelos sectários da Teologia da Libertação. Num país marcado por forte desigualdade social, o MST nasceu inspirado pela ideia generosa de criar condições para que o homem do campo possa se integrar na economia agrícola, como produtor em seu pedaço de chão. Consequentemente, a grande bandeira içada pelo movimento foi a da reforma agrária.

Mas o sectarismo ideológico acabou transformando os assentamentos rurais que o MST controla em todo o País, todos fortemente dependentes de financiamento governamental, numa tentativa anacrônica de preservar uma estrutura de produção de subsistência. Uma ideia que bate de frente com as exigências da economia globalizada, que estimulam o aprimoramento tecnológico e de gestão do agronegócio. Até o governo do presidente Lula se deu conta do furo n”água que representa a concepção de reforma agrária do MST.

Mas esse mesmo governo, se, por um lado, estimulava o agronegócio (responsável por mais de um terço do PIB brasileiro), por outro, bajulava as lideranças “progressistas” do MST, incluindo seus quadros no aparelhamento da máquina federal, especialmente nas áreas do Desenvolvimento Agrário e do Incra, e abria generosamente os cofres públicos para atender às demandas dos assentamentos. Isso possibilitou, por exemplo, o desenvolvimento de uma ampla atividade educacional nos domínios do MST, sujeitando milhares de crianças e adultos à doutrinação marxistoide e à incitação da luta de classes.

E há que se registrar ainda o fato de que os assentamentos do MST são frequentemente denunciados como palco de graves irregularidades, como a comercialização de lotes – o que a lei proíbe – por parte de pessoas que se habilitam à propriedade de um pedaço de terra apenas para daí extrair vantagens pecuniárias. Golpistas, enfim.

A liderança do MST costuma acusar a imprensa de, na defesa dos interesses das “elites dominantes”, promover campanhas sistemáticas de desmoralização do movimento, com o objetivo de comprometê-lo com a opinião pública. O que já comprometeu irreversivelmente a imagem do MST são as reiteradas agressões ao estado de direito, o deliberado desrespeito ao direito de propriedade, a constante incitação à violência, a ostensiva manipulação da ignorância e da desesperança. Em resumo, seu menosprezo à consciência cívica dos brasileiros. Depois de quase 30 anos, no momento em que o Brasil parece disposto a caminhar mais celeremente para a frente, o MST revela-se a imagem perfeita e acabada do atraso.

As informações foram publicadas no jornal O Estado de São Paulo, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. fernando bueno torres megiani disse:

    quero ver quem é que produz o alimento que esses membros do MST se sustentam, se não formos nós. o governo faz alguma coisa

  2. Guilherme Zóia milteburg disse:

    Parabens pela reportagem , retrata exatamento o que é o MST !!!

  3. JOAO LUIZ MELLA disse:

    No mundo existem dois modelos de exploração da terra ; O de subsistência, e o modelo de agricultura empresarial. No Brasil temos tres modelos ; A agricultura empresarial, a agricultura de subsistência e a agricultura de sub subsistência. Que são os chamados sem terra. Possuem a terra e mesmo assim o governo tem que fornecer cestas de alimentos e outras necessidades.
    O grande culpado desses absurdos, são os governos que passaram por esses ultimos anos. Por quererem a massa em suas mãos, nunca se objetivou, realmente, o principio da produção, e sim, o principio da dependência.

  4. Igor Vaz disse:

    Essa turma não passam de bandidos xiitas do mesmo naipe dos narcoguerrilheiros das farc. Tudo isso bem azeitado e fianciados pelos 16 anos de governos de esquerda (94/10) e continuará por mais não sei quantos anos de neocomunas que virão nos ditar. Saudade do Medici e cia.

  5. wagner martins borges disse:

    O MST é um movimento realmente politico-ideológico marksista-leninista, que utiliza as classes carrentes de nossa população como massa de manobra, pregando a intolerância entre as classes sociais e a desobediência das leis e as instituições, golpista e radical. Prega o comunismo – na realidade, “uma ditadura do proletariado”- como sendo o regime político ideal; este na realidade se mostrou ser um regime onde todos seriam nivelados por baixo e onde a sociedade teria que se sugeitar ao estado como senhor e tutor de todos e de tudo, sociedade estagnada e sem mobilidade onde os incopetentes e indolentes se escoram nos mais capazes, e só o “PARTIDÃO, O EXÉRCITO, E OS APANIGUADOS DO ESTADO” que tem direitos e vantagens em detrimento dos valores e expoentes culturais, intelectuais e pessoais. Em suma: A TOTAL ANTI-DEMOCRACIA E CASAÇÃO DOS DIREITOS E LIBERDADES INDIVIDUAIS.
    É passado da hora de todos, nos tornarmos agentes de divulgação e de concientezação da população brasileira e tirarmos a mascara desse movimento – MST – corrupto e parasita do estado, mantido pelos impostos pagos por todos nós, principalmente os trabalhadores, vejamos: cinco messes de trabalho de cada brasileiro e dado em impostos para o govermo, e o empresariado já está praticamente trabalhando na meia com o estado. São mais ou menos 1.300.000.000,00 de reais em impostos arrecadados pelo governo em 2010, e a culpa dos problemas nacionais perante os olhos dessa esquerda caolha ainda é do empresariado e pricipalmente do agronegócio – bode espiatório. A culpa é sim desse governo que não aplica os recursos estatais como nós os produtores rurais sabemos aplicar com copetência, dedicação e honestidade, que mesmo com toda a sorte de perseguições, desinterese e entraves provacados pelo estado, somos responsáveis por 1/3 do BIB “desse país”.

    VIVA O BRASIL RURAL.

    WAGNER BORGES
    ECONOMISTA E PRODUTOR RURAL