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1 de março de 2007

MST ocupa fazenda do frigorífico Bertin em Lins, SP

Grupo ligado ao Movimento dos Sem-Terra (MST), ocupa desde domingo a Fazenda Santa Marina, no município de Lins/SP, pertencente ao Grupo Bertin para cobrar agilidade na desapropriação de áreas ocupadas e protestar contra o agronegócio e as culturas de eucalipto e cana-de-açúcar.

Um grupo ligado ao Movimento dos Sem-Terra (MST), ocupa desde domingo a Fazenda Santa Marina, no município de Lins, SP, pertencente ao Grupo Bertin, um dos maiores exportadores de carne bovina e couro do Brasil e um dos 50 maiores grupos empresariais do País.

O objetivo do MST com a ocupação é protestar contra o agronegócio e as culturas de eucalipto e cana-de-açúcar, que considera prejudiciais ao meio ambiente. E também forçar o Incra a agilizar desapropriação de terras já ocupadas em Getulina e Gália, na região central do estado de SP.

O Grupo Bertin já realizou o pedido de reintegração de posse e aguarda a liminar para retirar os invasores. A propriedade fica a poucos quilômetros do frigorífico e da fábrica de biodiesel do grupo.

No MT, famílias ligadas ao MST ocupam desde segunda-feira a sede do Incra em Cuiabá. Eles reivindicam o assentamento de 3.500 famílias em já adquiridas pelo Incra e a liberação da verba de fomento a que as famílias assentadas têm direito.

Amanhã, cerca de 250 militantes do Movimento dos Trabalhadores Acampados e Assentados no Estado de Mato Grosso (MTA) devem chegar à sede do Incra para se juntar ao protesto. Além da reivindicação do cumprimento das metas pelo Incra o grupo pede a substituição do superintendente do órgão em Mato Grosso, Leonel Wohlfahr.

0 Comments

  1. Henrique de Freitas Tavares disse:

    Hoje, acabamos de ouvir no noticiário que a área que mais cresceu em 2006 foi o agronegócio com 3,2 % contra 3,0 % da indústria. e outros segmentos.

    Nossos governantes ficam de mãos atadas quando o assunto é invasão de terras pelo MST, desmatamentos, etc. Será que eles ainda não enxergaram que o agronegócio é que alavanca este país?

    Poxa vida, vamos nos unir para acabar com isto, gente. Vamos criar um movimento pró agricultura e pecuária, como a udr, por exemplo.

  2. Luciano Andrade Gouveia Vilela disse:

    Belas palavras Henrique, temos que agir, por que senão poderemos cair em uma cilada.

    A pecuária anda um negócio ruim para o pecuarista ultimamente, então o sujeito para manter a rentabilidade do negócio e permanecer-se produtivo (que além de exigência do próprio INCRA, é exigência do negócio gerar renda para pelo menos sobreviver), resolve destinar parte de sua área para cana ou eucalipto (que encontram-se rentáveis e até para não ter todos os ovos na mesma cesta). Então este produtor é invadido no seu direito de propriedade por que as lideranças dos sem terra “elegeram” essas culturas como nocivas. São nocivas mesmo, a eles, por que tem sido uma boa alternativa de renda para fortalecer o pecuarista que está no fundo do poço! E com o “inimigo fortalecido” eles falam mais fino.

    Apesar de o Grupo Bertin estar se mostrando um parceiro perverso e infiel do pecuarista, principalmente agora que figura na lista dos que encabeçam o dito cartel, estou totalmente solidário a eles neste fato das invasões, porque ninguém tem o direito de entrar em suas fazendas por qualquer motivo político ou ambiental.

    Para o meio ambiente o país já está cheio de leis, muitas até impraticáveis ou infiscalizáveis, e nenhuma delas proíbe o cultivo de cana ou eucalipto fora da reserva legal ou APP. Se o MST não concorda com isso deveria “invadir” de novo o congresso e pedir regulamentações legais sobre a porcentagem de área máxima de cada cultura que os revoltem em cada município do país.

    A sociedade brasileira, descrente na força da lei e da autoridade, principalmente do executivo e ineficácia do judiciário, vem aos poucos aceitando barbaridades como essas, de forma que elas vão virando comuns e ninguém sabe onde vai parar. Se nós (sociedade e produtores) e o Estado (Judiciário e Executivo), não pusermos em prática pelo menos a legislação e manutenção da ordem agora, corremos o risco de daqui algum tempo eles invadirem para protestar contra o plantio do milho por que será usado para locomover os luxuosos automóveis dos “imperialistas” americanos ou qualquer outra bandeira que bem lhes convier.

    Se todas as congregações classistas do Brasil forem invadir alguma coisa para divulgar e defender suas bandeiras, poderá ser aceitável uma legião de professores universitários invadirem fazendas ao invés de fazer greve pedindo melhores salários?

    Esses movimentos estão sendo usados para os mais variados fins, talvez o menos importante deles seja produzir alimentos. Devemos pensar e agir quanto a isso ou nos prepararmos para equilibrar em cordas cada vez mais bambas e com incertezas sobre o nosso futuro como empreendedores de um lado e um sentimento de injustiça, impotência vendo a guerra civil de outro.

    Abraço a todos

  3. Jose Alberto Kunntz disse:

    Nosso país está chegando num ponto crítico em que já não temos mais certeza de que amanhã deixaremos de ser um país subdesenvolvido. Produzimos muito e muito bem ,comida para poucos , 80% da classe política corrupta, nada funciona direito.
    Até quando meus amigos, até quando?
    Já sinto vontade de mudar de planeta, pois meu grito já não soa tão alto, meus sonhos a cada dia são castrados. Não aguento mais.