Menos animais: Com a demanda em queda e a oferta restrita, o abate de bovinos em Mato Grosso continua “mal das pernas”, em abril/16 foram abatidos 349,66 mil animais, volume 7,52% menor que o de março/16. No ano de 2016, o abate tem apresentado consecutivas reduções, atingindo nesse mês o menor valor para um mês de abril desde 2009. Apesar de a diminuição ter sido tanto no macho quanto na fêmea, percebe-se que as li- nhas de matança estão tendo maior dificuldade em encontrar fêmeas, tanto que, quando observa-se a média de presença de machos no abate em 2016, constata-se que eles representaram 56,69% do total abatido, en- quanto isso, no mesmo período de 2015, esse número foi de 50,23%. Dito isso, este dado reitera a análise feita pelo Imea há cerca de duas semanas, sobre a movimentação do preço da vaca em relação ao preço do boi, e que a diminuição da diferença entre esses indicadores possa estar ligada a “escassez” de fêmeas para abate.
– A média semanal do preço da arroba do boi gordo teve uma pequena redução de 0,48%, fechando com R$ 131,41. A desvalorização do preço se deve à diminuição do consumo da proteína bovina.
– O preço do bezerro se manteve estável nesta semana, sendo cotado a R$ 1.316,00/cab.
– A queda no preço da arroba do boi gordo fez com que a relação de troca boi/bezerro também apresentasse baixa, sendo nesta semana possível comprar 1,70 bezerro com a venda de um boi gordo.
– O preço do equivalente físico do boi exibiu uma leve desvalorização de 0,54%, ficando cotado a R$ 123,85/@. Tal redução deve-se aos menores preços pagos pela carne bovina no atacado, e isso tem acontecido devido à dificuldade do escoamento da proteína bovina no varejo.
MENOS PARTICIPATIVO: As exportações brasileiras vêm demonstrando um bom desempenho em 2016, no primeiro quadrimestre deste ano foram enviadas ao exterior 535,6 mil TEC de carne bovina, volume 15,8% maior que o do mesmo período de 2015. Já em Mato Grosso, a situação se difere um pouco, apesar de ter exportado um volume maior no primeiro quadrimestre de 2016, o aumento em relação ao mesmo período de 2015 é mais tímido, o total exportado cresceu “apenas” 3,6%. Por causa disto, Mato Grosso viu sua participação nas exportações brasileiras de carne bovina reduzir 2,0 p.p. Estados como Rondônia, Pará e Paraná foram os que mais aumentaram suas participações no total exportado do país. Desta maneira, observa-se que Mato Grosso conseguiu evoluir nas exportações neste início de 2016. No entanto, o avanço foi tímido e, caso o Estado queira galgar maior espaço no mercado externo, o bom relacionamento com o máximo de “possíveis mercados” deve continuar.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).