A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) encaminhará nos próximos dias, à equipe econômica do governo, proposta de revitalização da cadeia produtiva pecuária. O objetivo é estimular o produtor a investir na expansão e no aprimoramento genético e tecnológico do rebanho, visando a melhoria na qualidade da carne e, conseqüentemente, o aumento das exportações para a União Européia, Estados Unidos, Ásia e Oriente Médio.
A primeira proposta do setor pecuarista está em fase de conclusão e prevê a criação de um bônus para contemplar o produtor que estiver empregando as melhores técnicas na criação, manejo e administração da propriedade. O bônus, segundo o presidente da Acrimat, Anildo Barros, viria substituir o “Pró-Couro” (Programa de Incentivo à Produção de Couro), extinto pelo governador Blairo Maggi.
“Acontece que, da forma como foi criado, o Pró-Couro não estava contemplando o principal elemento do processo da cadeia produtiva, que é o criador. Somente as indústrias estavam se beneficiando, quando na verdade o produtor era que devia ser contemplado”, frisou.
O bônus proposto pelos pecuaristas, segundo ele, iria corrigir essa distorção e beneficiar aquele que é o responsável direto pela melhoria da qualidade do couro processado pelas indústrias da região e exportado para outros países.
Para ter acesso ao benefício, contudo, o pecuarista tem que atender a uma série de exigências, como fazer o manejo adequado, combater parasitas e doenças e construir currais apropriados e cercas de arame liso na propriedade. “O produtor que adotar estas providências, com certeza, é um bom candidato a receber o bônus”, observou o presidente da Acrimat. Uma das alternativas para o pagamento do bônus é abater o valor do prêmio para a compra de vacinas e outros insumos.
Com relação à rastreabilidade, a Acrimat está estudando uma proposta que garanta o benefício direto ao produtor. “Os pecuaristas estão investindo em modernização tecnológica e na melhoria do rebanho, mas não estão recebendo nada por isso dos frigoríficos”, frisou. Ele entende que os frigoríficos, por venderem a carne por um preço maior para os mercados exigentes, deveriam pagar também um preço diferenciado ao produtor.
Fonte: Diário de Cuiabá/MT, adaptado por Equipe BeefPoint