"A pressão política de senadores, deputados federais e estaduais junto ao governo federal e estadual em busca de uma solução para a crise do setor pecuário local vem em boa hora e vai fortalecer muito o setor", disse o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Mário Candia de Figueiredo. O comentário foi feito ao analisar os inúmeros pronunciamentos dos parlamentares cobrando uma intervenção financeira por parte do governo Federal.
“A pressão política de senadores, deputados federais e estaduais junto ao governo federal e estadual em busca de uma solução para a crise do setor pecuário local vem em boa hora e vai fortalecer muito o setor”, disse o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Mário Candia de Figueiredo. O comentário foi feito ao analisar os inúmeros pronunciamentos dos parlamentares cobrando uma intervenção financeira por parte do governo Federal.
Mário Candia lembra, que “a Acrimat vem mostrando a saída desde o início da crise no final do ano passado. Precisamos de um crédito formal para garantir a matéria-prima das indústrias da carne, que é o boi, e o governo não deve só conceder crédito para a ampliação de indústrias”. Ele acrescenta que a saída “é a liberação de crédito para que notas promissórias rurais possam ser descontadas pelo produtor após da venda do boi, dentro de limite de crédito do frigorífico. Hoje o pecuarista não tem nenhuma garantia de que vai receber o pagamento depois que deixa o boi no pátio do frigorífico”.
O senador Gilberto Goellner (DEM/MT), reeleito vice-presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado da República, alertou que se medidas extremas não forem tomadas, cerca de 30 mil demissões poderão se concretizar no setor dos frigoríficos de carnes bovinas nos próximos 24 meses. “Essa é a segunda mais importante pauta de exportação de Mato Grosso, perdendo apenas para a soja”. Goellner diz que é preciso a mão forte do governo Federal para socorrer o setor que é um dos mais promissores.
Goellner lembrou que o governo Federal tem se preocupado muito com a indústria, mas não olha para aqueles que geram riquezas e divisas para o país. “Não estou aqui falando que não se deve investir na indústria e no comércio, mas sim que haja também linhas de créditos para os frigoríficos, para o setor produtivo, pois deles representam mais de 43% do resultado da Balança Comercial do Brasil (exportações x importações)”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), assinalou que as demissões não podem ser analisadas apenas nos frigoríficos, pois indiretamente muitos perderão seus empregos, seja nas fazendas ou no transporte de animais. “A realidade lá no interior é outra. Muitos pecuaristas com quem converso anunciam a dispensa de funcionários com receio de que não haja dinheiro para o pagamento dos salários dos mesmos”, disse Riva.
Outro que não deixou passar em claro a situação da pecuária, foi o deputado federal, Homero Pereira (PR) que levou para a Tribuna da Câmara Federal a situação crítica em que vive o setor. Ele disse ser a favor de uma intervenção financeira do governo Federal para salvar o setor pecuário e socorrer os frigoríficos que passam por uma grande crise e se viram obrigados a fechar várias plantas de abate.
As informações são do Diário de Cuiabá e da Gazeta/MT, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.