O estado conta com mais de 115 mil propriedades rurais voltadas para a pecuária, 26 milhões de cabeça de gado, sendo 98% gado de corte, e é responsável pela geração de 40 mil empregos diretos. A evolução do setor pecuário para se chegar a esses números também surpreende, principalmente quando se leva em conta que 64% do território estão preservados com área de remanescente florestal, unidades de conservação e terra indígena. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) realizou uma pesquisa para mapear os números da evolução do setor no período de 1996 a 2008.
O estado conta com mais de 115 mil propriedades rurais voltadas para a pecuária, 26 milhões de cabeça de gado, sendo 98% gado de corte, e é responsável pela geração de 40 mil empregos diretos. A evolução do setor pecuário para se chegar a esses números também surpreende, principalmente quando se leva em conta que 64% do território estão preservados com área de remanescente florestal, unidades de conservação e terra indígena. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) realizou uma pesquisa para mapear os números da evolução do setor no período de 1996 a 2008.
“Esse levantamento foi necessário para mostrar que a pecuária não é a vilã do meio ambiente e sim responsável pelo desenvolvimento de um estado de forma responsável e sustentável. Apesar de sermos campeões em produtividade em diversos setores do agronegócio, só ocupamos 36% da área do estado para produção agrícola e pecuária. Podemos ainda crescer muito, respeitando todas as leis vigentes”, disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Acrimat, Vicente Falcão.
“Com uma performance como essa e as constatações de que a maior parte do gado não está no bioma amazônico e de que 64% do território mato-grossense está preservado, podemos afirmar que nossa produção pecuária, também é sustentável”, frisou Falcão.
Em 1996, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Mato Grosso possuía 2.235.832 milhões de habitantes e em 2008 subiu para 2.856.999, o que representa 28% a mais. A mesma conta feita no rebanho de mato-grossense, o percentual de crescimento é de 66%, saindo de 15.573.095 milhões de cabeças bovinas para 25.933.204 milhões. Toda essa evolução do rebanho refletiu apenas em 18% no aumento da área total de pastagem que em 1996 era de 21.741.532 milhões de hectares para 25.778.796 milhões em 2008, segundo levantamento feito pela empresa SSBR (Synoptika Solutions Brasil). A taxa de lotação (cabeça/hec) aumentou 38%, passando de 0,78 para 1,01 cabeça por hectare. Os ganhos em produtividade da pecuária evitaram o desmatamento de 6,62 milhões de hectares.
O item exportação (toneladas equivalentes carcaça) evoluiu de forma expressiva. Segundo dados do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso) e Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) de 1996 a 2008 as exportações cresceram 964%, saindo de 21.395 toneladas para 227.731. O abate bovino em Mato Grosso também foi grande. Em 1997 era de 1,086 milhão de cabeças/ano passando para 4,122 milhões em 2008, crescimento de 280%. O desfrute (número de animais abatidos dividido pelo total do rebanho) cresce 128%, passando de 6,65% em 1997 para 15,9% em 2008.
Para o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, “o desafio agora é aumentarmos a produtividade nas áreas já abertas, mas isso se faz com tecnologia e tecnologia se compra nas prateleiras e para comprar são necessários recursos”. Diante disso, segundo Vacari, “o pecuarista precisa de linhas de financiamento específicas para o setor que são bem diferentes da agricultura. O tempo para se formar um pasto é bem maior. O importante é que o pecuarista está consciente de sua responsabilidade para produzir de forma sustentável, mas para fazer isso precisamos de definições claras de políticas públicas’.
As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Òtimo! isso tem que ser divulgado. Agora é lutar p/ que as propriedades sejam documentadas, legalizadas…, pois ainda somos ilegais.
Clédio.