Sem abate e sem negociação. Essa é a situação dos pecuaristas de Nova Monte Verde/MT, que desde o dia 23 de abril, estão bloqueando a entrada de boi em pé nos currais do frigorífico Arantes. Eles querem receber uma dívida de R$ 6 milhões e avisam que "não arredam pé de lá, enquanto não forem atendidos".
Sem abate e sem negociação. Essa é a situação dos pecuaristas de Nova Monte Verde/MT, que desde o dia 23 de abril, estão bloqueando a entrada de boi em pé nos currais do frigorífico Arantes. Eles querem receber uma dívida de R$ 6 milhões e avisam que “não arredam pé de lá, enquanto não forem atendidos”.
Jeremias Prado dos Santos, pecuarista e um dos líderes do movimento, disse com convicção que “eles vão negociar, pois se para nós é prejuízo manter o frigorífico fechado para eles o prejuízo é maior ainda, já que a planta industrial vale R$ 50 milhões e eles nos devem R$ 6 milhões”. O “calote legalizado” como os produtores se referem sobre a lei de Recuperação Judicial, pegou Jeremias em cheio. “Estou falido. Tenho R$ 742 mil com o Independência, R$ 175 mil com o Quatro Marcos e R$ 1,5 milhão com o Arantes e não sei se vou receber”, disse desesperado.
A empresa não quis comentar os impactos financeiros da paralisação forçada da produção e nem citar as estratégias em discussão para o restabelecimento da normalidade.
Diante das informações prestadas na última quarta-feira pela assessoria jurídica da Acrimat, que afirmou que não existe em curso nenhum processo de recuperação judicial do grupo Independência e do Arantes, “o que há até o momento é o pedido de recuperação e por isso, os pecuaristas estaduais poderão demorar mais tempo para receber seus créditos, pois o processo em si, ainda não tramita, porque não existe”, a assessoria do Arantes se manifestou ontem, por meio de nota à imprensa. No documento, a empresa afirma que o “Grupo Arantes encontra-se de fato e de direito em regular processo de recuperação judicial. A questão da competência originária ainda não foi definitivamente decidida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso”.
As informações são do Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.