Rabobank: carne suína pode ter valorização no final de 2012
24 de outubro de 2012
McDonald’s: devido à preocupação pública em Taiwan, empresa promove o uso de carne bovina sem ractopamina
25 de outubro de 2012

MT: boi gordo valoriza neste último trimestre/12

Apesar da reação no preços da arroba do boi gordo, o longo período de pressão de baixa desde o primeiro trimestre de 2011, faz com que a média da arroba no período ainda se encontre desvalorizada.

Oferta e demanda

Segundo dados do IBGE, o rebanho nacional obteve de 2001 a 2011 uma expansão de 20,6%, chegando as 212,8 milhões de cabeças. Esse aumento do número total de bovinos veio de sobremaneira dos Estados do Centro-Norte do país, com destaque para a evolução de Mato Grosso de 46,9%, do Pará, que registrou aumento de 65,3% e de Rondônia que evoluiu 84,4% no período.

Já na análise em relação ao ano anterior, Mato Grosso contou com uma evolução de 1,8%, enquanto Pará e Rondônia apresentaram aumento de 3,6% e 2,9%, respectivamente. Estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo registraram redução de 3,6% e 1,5%, respectivamente. O Estado de Minas Gerais registrou um forte crescimento de 5,3%, no entanto este mesmo encontra-se com rebanho praticamente estável e ainda conta com uma forte participação de rebanho leiteiro.

Preços da semana

O registro nas cotações desta semana foi de queda de 0,34% e 0,22% para o boi e para a vaca, respectivamente. Sendo assim, o preço médio praticado no boi gordo ficou nos R$ 87,12/@ à vista e na vaca gorda foi de R$78,95/@. Houve desvalorização de R$ 0,29/@ no preço do boi de R$ 0,17/@ no preço da vaca.

Noroeste: com média na arroba do boi gordo à vista de R$ 87,20, a variação semanal foi de 1,33% em comparação aos preços da semana anterior quando a média era de R$ 86,05.

Norte: variando 0,16% na comparação com a semana anterior, a região obteve uma média de R$ 87,23/@, registrando um incremento de R$ 0,14 em seus preços.

Nordeste: com uma queda de R$ 0,83 no preço médio do boi gordo à vista, ao longo da semana, o nordeste do Estado registrou no preço pago ao produtor a média de R$ 86,71/@.

Médio-Norte: com os preços mais estáveis dentre as regiões analisadas pelo Instituto, variando 0,01%, a média obtida no boi gordo à vista nesta porção do Estado foi de R$ 87,31/@.

Oeste: comercializada a R$ 86,00, no município de São José dos Quatro Marcos, na última quinta-feira, a média da arroba do boi gordo à vista na semana foi cotada a R$ 86,69, variando negativamente em 0,72% e registrando uma queda no incremento da arroba de R$ 0,63.

Centro-Sul: com média semanal na arroba do boi gordo de R$ 87,62 , a região obteve uma queda em seu preço de R$ 0,70, o que representa uma variação negativa de 0,79% . A arroba do boi foi negociada no município de Cáceres a R$ 88,00, na quarta-feira.

Sudeste: com desvalorização de 0,78% o sudeste do Estado ficou com preço médio de R$ 87,45/@ à vista. Comparada à semana anterior a variação negativa foi de R$ 0,69/@. Houve negociação na cidade de Barra do Garças com a arroba a R$ 87,00 à vista no último dia 17.

Reposição

A relação de troca entre o boi gordo e o bezerro em Mato Grosso, no terceiro trimestre deste ano ficou abaixo de 2 bezerros/boi gordo, em razão dos baixos preços pagos pelo boi gordo. Com a atual recuperação dos preços pagos pelos frigoríficos em Mato Grosso, a partir do quarto trimestre, a relação de troca reagiu e atualmente mantém média de 2,08 bezerros.

Apesar da reação no preços da arroba do boi gordo, o longo período de pressão de baixa desde o primeiro trimestre de 2011, faz com que a média da arroba no período ainda se encontre desvalorizada. Enquanto isso, o preço médio pago pelo bezerro no mercado de reposição, apesar de absorver parte da pressão de baixa do boi gordo, ainda mantém seus preços de maneira relativamente firme com média de R$ 690/cabeça.

 

Relação de troca

A relação de troca entre a arroba do boi gordo e a tonelada do calcário dolomítico, tendo como base o município de Rondonópolis, registrou uma ligeira recuperação no último mês de setembro chegando ao número de 0,88 @/tonelada, resultado 11% superior ao do mês anterior, de 0,79, quando atingiu o menor patamar da série. Essa inversão do movimento de queda foi resultado do aumento de 5% do preço pago pela arroba do boi gordo e pela desvalorização de 6% da tonelada do calcário dolimítico.

No entanto, a relação de troca na comparação dos últimos 12 meses registrou queda de 10%. Isto em função do aumento de 12% do preço do insumo, enquanto o boi gordo, com a recuperação do último mês, retornou ao mesmo patamar de setembro de 2011.

Fonte: IMEA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.