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MT: com chuva, produtores podem limitar oferta de boi gordo no curto prazo

Através da análise dos dados da precipitação acumulada na região da Baixada Cuiabana no primeiro semestre do ano é possível observar que após um início de ano relativamente "seco", as chuvas surpreenderam e registraram no acumulado do mês de maio um volume superior ao registrado nos meses anteriores. A precipitação de 293 mm no último mês foi 10 vezes superior à média dos últimos 10 anos no período.

Oferta e demanda

Através da análise dos dados da precipitação acumulada na região da Baixada Cuiabana no primeiro semestre do ano é possível observar que após um início de ano relativamente “seco”, as chuvas surpreenderam e registraram no acumulado do mês de maio um volume superior ao registrado nos meses anteriores. A precipitação de 293 mm no último mês foi 10 vezes superior à média dos últimos 10 anos no período.

Esse fenômeno atípico de prolongamento da estação chuvosa trouxe aos pecuaristas da região a possibilidade de “segurar no pasto” a oferta programada de animais para o abate. Diante deste aumento na capacidade da retenção dos animais no pasto, é esperada, ao menos para o curto prazo, uma oferta de gado equilibrada na região, que pode vir a evitar uma pressão na cotação do boi gordo no período de inicial da entressafra.

Preços da semana

A média semanal da arroba do boi gordo atingiu o preço de R$ 83,35, variando 0,16% em relação à semana passada quando o preço estava R$ 0,13 menor. Já a vaca gorda, por outro lado, teve um decréscimo médio em seu preço de R$ 0,23, cotado esta semana a R$ 74,69.

Noroeste: na região o preço da arroba foi cotado a R$ 82,79, variando positivamente em 0,39% em relação à última cotação, quando estava a R$ 82,47.

Norte: com uma variação de 0,25% em relação à última semana, a arroba na parte norte do Estado ficou cotada a R$ 83,34, um  incremento de R$ 0,20 em relação à média anterior.

Nordeste: esta região obteve a maior variação positiva dentre as cotadas, 0,49%, com seu preço atingindo a média de R$ 82,45, um incremento de R$ 0,40 entre as semanas.

Médio-Norte: com um incremento de R$ 0,31 em relação à última média, o preço da arroba atingiu uma variação positiva de 0,37%, finalizando a semana a R$ 83,25.

Oeste: negociada a arroba do boi gordo à vista em Pontes e Lacerda, na quinta-feira, a R$ 83,00, a média dos preços no Estado foi de R$ 83,41, sinalizando uma queda de 0,33% em relação à média semanal anterior, quando a arroba foi cotada a R$ 83,68.

Centro-Sul: com a menor oscilação dentre as macrorregiões analisadas, o centro-sul obteve uma média semanal de R$ 84,25/@, representando uma queda de 0,17% em relação à última cotação, quando esta estava a R$ 84,40/@. Foi negociada a arroba, na quinta-feira, a R$ 85,00 em Tangará da Serra.

Sudeste: com uma média semanal de R$ 84,07/@, a região obteve uma valorização de 0,28% em relação à última média, quando estava cotada a R$ 83,83/@. Isso também representa um incremento de R$ 0,24 em seu preço médio.

 Reposição

A melhora na procura pelo boi magro fez com que sua cotação registrasse um ligeiro aumento neste início de mês. A aparente menor pressão de queda no preço pago pela arroba do boi gordo favorece o movimento de valorização do animal para a engorda desde o mês passado. A média do preço, que chegou a atingir a máxima de R$ 1.109/cabeça em dezembro do ano passado, agora é negociada com o preço médio de R$ 1.067/cabeça. Preço ainda inferior ao cotado no mesmo mês do ano passado, quando estava em R$ 1.089, queda de 2,0%, assim como a arroba do boi gordo, que acumula baixa de 2,2% no período de 12 meses. Deste modo, o preço do boi magro pode vir a continuar obtendo alta caso a arroba do boi gordo deixe a estabilidade e passe a trabalhar em novos patamares.

Relação de troca

Tomando como base os dados comparativos entre os meses de abril e maio deste ano, a relação de troca (@/km) entre o arame liso  (1km) e a arroba do boi gordo à vista mostrou-se mais favorável ao produtor em relação ao mês passado. A arroba do boi gordo à vista registrou uma leve queda de -0,49%, passando de R$ 83,87 para R$ 83,46 em maio. O preço do arame liso, por sua vez, que vem em queda desde janeiro do ano passado, alcançou no mesmo mês a menor média registrada. A queda mais intensiva de 2,69% no valor do arame de abril a maio melhorou a relação de troca entre os produtos ao pecuarista, visto que sua demanda de 3,62 arrobas para adquirir mil metros de arame em abril passou a ser de apenas 3,54 arrobas em maio – menor valor registrado desde janeiro, no entanto, ainda acima da média de 3,45 de 2011.

Fonte: IMEA, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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