De acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, as exportações do Brasil aos países árabes somaram US$ 7,1 bilhões nos sete primeiros meses deste ano.
As vendas brasileiras apresentaram crescimento de 16,9% em relação ao mesmo período quando comparado a 2019.
Os produtos mais exportados foram carne de frango, açúcar, minério de ferro, carne bovina e milho, respondendo por mais de 70% dos embarques do Brasil para o Oriente Médio e Norte da África.
Nesse contexto de inúmeras possibilidades com esses parceiros comerciais, Mato Grosso aparece como o quarto maior exportador do País para os países árabes.
Dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira mostram que de janeiro a julho de 2020, Mato Grosso faturou US$ 568,86 milhões.
Em 2020, o principal produto exportado pelo Estado tem sido a soja em grão, com 36,33% de participação na pauta exportadora, seguido de milho, carne bovina congelada, carne bovina refrigerada, ouro e carne de frango.
Conforme a Câmara, os produtos exportados pelo Estado para o mundo árabe seguem essa linha tradicional de itens, mas há oportunidades de ampliar a pauta de exportações tendo em vista que o Estado é um grande consumidor de alimentos do Brasil.
Analisando os dados de exportação total do Mato Grosso, em 2019, o bloco de países árabes foi o 2º principal destino das exportações do Estado, atrás apenas da China, ou seja, uma participação dos árabes de 8,68%. De janeiro a julho de 2020, os principais destinos das exportações mato-grossenses foram China, Holanda, Turquia e os países árabes.
Mas, para exportar para a maioria dos países árabes, é necessário que tenha a certificação halal, respeitando à jurisprudência islâmica.
“As exigências de exportação estão cada vez mais altas, principalmente, para os países árabes e islâmicos em diversas categorias. Toda cadeia deve ser certificada desde a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, inclusive as empresas que prestam serviços para as fabricantes. É importante que as empresas entendam que é um conceito geral e não basta o produto ter um selo de certificação na embalagem para ingressar neste mercado. Eles querem entender todo o processo para ter certeza da validação da certificação halal de acordo com as leis islâmicas”, disse o gerente comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.
O mercado halal é muito promissor e pretende faturar, no mundo, em torno de US$ 3,2 trilhões até 2024, de acordo com os dados da Africa Economic Foundation e Dinar Standard.
Entre os setores, destacam-se: cosmética deve faturar em torno de US$ 95 bilhões; fármaco US$ 134 bilhões, entre outros.
Com respeito ao halal, o Estado exporta proteína para o mundo árabe, ou seja, carnes do tipo bovina e de frango, sendo estes alguns dos principais produtos exportados pelo Estado para os países árabes.
EM 2019 – No ano passado, o Brasil exportou para o bloco de países árabes um total de US$ 12,24 bilhões, um aumento de 6,7% em relação ao ano anterior.
Dentre os estados brasileiros que exportaram para o mundo árabe naquele ano, Mato Grosso foi o 3º principal exportador com um montante de US$ 1,49 bilhão, este valor mostrou um crescimento de 29,69% em relação a 2018.
Em 2019, os principais produtos exportados pelo Estado para os países árabes foram milho, cuja participação no total de produtos exportados foi de 51,64%, seguido de carne bovina congelada, soja, ouro e óleo de soja.
Dentre os 22 países árabes, Egito foi o principal destino das exportações mato-grossenses, com 33,56% de participação, seguido de Emirados Árabes Unidos, Argélia, Arábia Saudita e Marrocos.
Fonte: Diário de Cuiabá.