Mercados Futuros – 06/09/07
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11 de setembro de 2007

MT: embargo pode causar recuo da arroba

Já convivendo com excedente de produção, um eventual embargo europeu acarretaria em queda de cerca de 20% na arroba bovina de Mato Grosso. A carne, cotada a R$ 56,00 na praça de Rondonópolis, passaria a R$ 44,00.

Um possível embargo estaria embasado em irregularidades detectadas no sistema de rastreamento bovino e pressões da Irlanda e da Escócia junto ao parlamento europeu. Segundo reportagem de Anelize Moreno, do Diário de Cuiabá, os rumores são de que os técnicos que desembarcam no país entre 15 e 26 de outubro vêm com a missão de avaliar a rastreabilidade bovina e até mesmo desabilitar o território mato-grossense.

Se isso acontecer, o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Martins, disse que haveria problema para escoar alguns cortes, que são 100% vendidos ao continente europeu.

De janeiro a julho deste ano, Mato Grosso exportou US$ 116,995 milhões em carne para a União Européia, de acordo com números do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). No mesmo período, as vendas de carne totalizaram US$ 422,748 milhões.

Para ele, Mato Grosso precisa fazer o “dever de casa” antes da visita dos técnicos da União Européia. “Já era para termos evoluído, principalmente com relação ao Sisbov, mas ainda estamos deixando a desejar”, reconheceu.

0 Comments

  1. José Luiz Ferreira de Oliveira disse:

    Esse é o objetivo dos frigoríficos, mas esta virando sonho arroba a R$ 44,00. O negócio agora para os pecuaristas é vender boi vivo para fora e quando essa moda pegar o Brasil perderá valor agregado, mas o pecuarista sairá ganhando.

  2. Carlos Eduardo disse:

    O sistema de rastreabilidade brasileiro precisa ganhar crédito junto aos mercados consumidores, para isso se faz necessário investimentos no setor e maior fiscalização, ou seja uma política governamental de apoio a pecuária de forma geral.

    Outro grave problema é o pecuarista “ficar na mão” de tão poucos grupos que fazem a ponte entre o boi vivo e os países consumidores, precisamos de alternativas para este mercado, ou de mais abertura para o setor de compra.