Os pecuaristas de Mato Grosso comemoram um novo recorde nos preços da arroba do boi que hoje está em R$ 70,00/@. De acordo com o presidente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Mário Cândia, esse patamar deve se manter. Também o diretor executivo da Associação dos Produtores Rurais (APR), Paulo Resende, se mostra satisfeito com o momento vivenciado pelo setor. "O preço é bom, é ideal e permite que os pecuaristas trabalhem. Tivemos uma grande alavancada nos preços que estavam defasados. Hoje o patamar está bom para o produtor".
Os pecuaristas de Mato Grosso comemoram um novo recorde nos preços da arroba do boi que hoje está em R$ 70,00/@.
De acordo com o presidente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Mário Cândia, esse patamar deve se manter e destaca o aumento do consumo interno. “Nosso maior cliente é o Brasil. A melhora do poder aquisitivo faz com que a carne esteja cada vez mais presente na mesa dos brasileiros. O preço melhora e o consumo aumenta”. Ele diz que é necessário, ao invés de se ampliar as áreas de pastagem, melhorar o que já existe. Ele destaca também que os preços precisam acompanhar os custos, principalmente dos insumos que têm alta constante.
Também o diretor executivo da Associação dos Produtores Rurais (APR), Paulo Resende, se mostra satisfeito com o momento vivenciado pelo setor. “O preço é bom, é ideal e permite que os pecuaristas trabalhem. Tivemos uma grande alavancada nos preços que estavam defasados. Hoje o patamar está bom para o produtor”. Ele ressalta, porém, que não dá para prever se o preço vai se manter em alta. “Qualquer previsão neste momento seria mera adivinhação, já que tudo depende de uma série de fatores, entre eles a situação da economia mundial, o preço dos insumos e, também, a renda dos trabalhadores”.
Resende diz que para que o bom momento se mantenha é preciso que tudo corra bem na economia, que o povo esteja bem e a economia em pleno funcionamento. “Quem produz precisa ter para quem vender, então precisamos torcer para que tudo vá bem, que mais gente possa comer carne, que é a melhor proteína e a mais barata do mundo. Assim todo mundo ganha”.
O presidente do Centro Boi, Luis Heraldo Padilha, credita o bom preço da arroba do boi a três importantes fatores. Ele afirma que o que está ocorrendo é reflexo primeiro do grande abate de matrizes, aliado à dificuldade de se formar novas áreas de pastagens. Ele lembra também que muitos animais jovens foram vendidos a outros estados, o que gerou uma escassez de animais em idade de abate.
A redução do rebanho preocupa Resende. Segundo ele, isso pode fazer com que as plantas de frigoríficos previstas para o Estado sejam repensadas. As informações são de Tânia Nara Melo, do Diário de Cuiabá.