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MT espera habilitar mais municípios para exportar à UE

Duas equipes de técnicos da União Européia (UE) estão em Mato Grosso vistoriando o sistema de defesa animal do estado, principalmente, em relação ao combate à febre aftosa.

Uma equipe está visitando os frigoríficos de São José dos Quatro Marcos e de Araputanga, que estão entre os sete frigoríficos credenciados para exportar carne bovina em Mato Grosso e, outra equipe está percorrendo propriedades e os escritórios do Instituto de Defesa Agropecuária, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), em Cuiabá e Tangará da Serra.

A missão técnica é formada por representantes da França, Portugal, Dinamarca, Alemanha e Espanha. Mato Grosso tem 24.700.245 de cabeças de gado para atender a demanda dos países que formam a UE: 25 países onde vivem 450 milhões de pessoas.

A missão técnica está no Brasil desde a semana passada e já visitou as cidades de Nova Andradina e Ponta Porã em Mato Grosso do Sul. Em território matogrossense, o roteiro que incluía o município de Lucas do Rio Verde na vistoria foi alterado.

Para o governo do Estado, a maior perspectiva em relação à visita técnica da missão européia é manter a habilitação dos 90 municípios credenciados a exportar carne bovina em Mato Grosso e viabilizar a habilitação de mais 52 municípios que estão fora do mercado internacional. “O volume de exportações de carne do Estado é crescente e nós precisamos consolidar o mercado já conquistado e ampliá-lo ainda mais com o credenciamento dos municípios que ainda não estão habilitados. Os procedimentos de defesa animal são os mesmos em todo o Estado, por isso vamos pleitear a inclusão dos que faltam”, disse o secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira.

Em uma reunião realizada ontem na delegacia federal de Agricultura em Mato Grosso (DFA/MT), os técnicos europeus ouviram detalhes do Programa de Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, conheceram os detalhes do serviço de defesa sanitária animal, do calendário de vacinação, da capacidade técnica e operacional do Indea neste processo, da fiscalização do trânsito dos animais e do resultado negativo do levantamento soro-epidemiológico realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Mato Grosso nos meses de outubro e novembro de 2003. A Missão Européia também vai avaliar o processo de rastreabilidade do rebanho bovino de Mato Grosso.

O presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Zeca de Ávila, que participou da reunião com os técnicos europeus, reclama do custo atual para a certificação do rebanho. “O custo é alto. São R$ 4,80 por cabeça. O ideal seria custo zero porque o pecuarista encarece a produção, mas vende barato”, contabilizou.

A Missão Européia encerra a vistoria no estado amanhã e na quinta-feira faz uma avaliação final em Brasília.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT, adaptado por Equipe BeefPoint

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