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MT espera liberação de mercado com visita européia

Está confirmada para setembro a chegada de uma missão européia para auditagem de cerca de 13 milhões de cabeças do rebanho bovino do MT, que atualmente estão proibidas de serem exportadas para a União Européia. Estes animais estão divididos em 58 municípios mato-grossenses e representam 49% do rebanho bovino, atualmente em 26,04 milhões de cabeças. A missão estava programada para chegar esse mês no Brasil, que foi adiada para setembro.

Segundo informações recebidas pelo BeefPoint, o objetivo do adiamento seria de estender o período de visita da missão, com um aumento no número de inspetores para cobrir de forma completa as novas propostas para aprovação, bem como checar a situação nas áreas já aprovadas.

O presidente do Instituto Nacional de Defesa Agropecuária (Indea/MT), Décio Coutinho, relembra que desde 1999 o Mapa reconhece Mato Grosso como livre de aftosa com vacinação, mas a União Européia não. “Esses municípios sem habilitação para os países do mercado europeu mantinham relações com a Rússia e outros países”, observa.

Ele frisa que “o mercado europeu enxerga essas regiões como sendo áreas tampão, mas desde 2000 o rebanho estadual tem o reconhecimento da OIE e desde então lutamos para ter 100% dos municípios habilitados. Temos internamente uma competitividade desigual” defende.

“Nossa expectativa com a habilitação, resultado desta visita, é de que seja eliminado um prejuízo imediato de R$ 2 a R$ 4 por arroba de carne bovina, gerar empregos, investimentos e ampliar as exportações estaduais”.

Estão sem o credenciamento 52 municípios do norte e seis localizados no Pantanal. Anualmente, são abatidas 2,5 milhões de cabeças em Mato Grosso. “É como se o estado tivesse duas realidades sanitárias, sendo o produtor o maior prejudicado, porque nestas regiões impedidas de comércio com a União Européia a arroba é comercializada com deságio”, reforça.

Entre os não habilitados, estão municípios de grande potencial pecuário de corte e de importância para economia local, como Juína, Juara, Alta Floresta, Cáceres, Poconé e Barão de Melgaço.

A previsão é que de com a habilitação, três mil novos empregos diretos passem a ser gerados e que as plantas frigoríficas acabem fazendo investimentos e gerando novas divisas.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint

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