Com objetivos de ordenar a cadeia produtiva da bovinocultura de corte, aprofundar as discussões específicas sobre o tema, propor e encaminhar soluções para os graves problemas que o setor enfrenta, a Famato criou ontem a Comissão Técnica da Pecuária de Corte. O principal alvo dos trabalhos é a habilitação dos 54 municípios (que concentram 51% do rebanho mato-grossense) para exportar à Europa.
Comandada por Normando Corral, presidente em exercício da Famato, a comissão ficará sob a coordenação técnica do consultor da área, Luiz Carlos Meister e será composta por representantes de entidades ligadas a pecuária e dos sindicatos rurais dos municípios mato-grossenses que possuam um rebanho superior a 300 mil cabeças de bovinos.
Segundo Corral, esta limitação na comercialização do rebanho mato-grossense na área não habilitada dá margem para que os frigoríficos diminuam ainda mais o preço da arroba do bovino, colocando-a num patamar bem inferior aos preços praticados na área habilitada. O Estado tem cerca de 27 milhões de cabeças de gado.
“Esta comissão vai representar os pecuaristas de todo Mato Grosso, encaminhando suas reivindicações, fazendo pleitos junto às indústrias frigoríficas e aos governos estadual e federal no sentido de garantir benefícios que minimizem os problemas enfrentados pelo setor”, declarou Corral. As informações são da Famato.