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MT: frigorífico Forte Boi entra em recuperação judicial

A juíza Alethea Assunção de Santos, concedeu recuperação judicial ao Frigorífico Forte Boi localizado em Juína/MT. A empresa que acumula um passivo de R$9,4 milhões, inicia nos próximos dias o plano de pagamentos dos credores, entre os principais estão instituições financeiras, que acumulam a maior parte da dívida e pecuaristas.

A juíza Alethea Assunção de Santos, concedeu recuperação judicial ao Frigorífico ForteBoi localizado em Juína/MT. A empresa que acumula um passivo de R$9,4 milhões, inicia nos próximos dias o plano de pagamentos dos credores, entre os principais estão instituições financeiras, que acumulam a maior parte da dívida e pecuaristas.

Na decisão a juíza justifica o deferimento afirmando que “a reestruturação, e o encaixe financeiro é equalizável”. O texto reconhece ainda que em razão da crise no setor agropecuário aliado ao alto investimento financeiro na ampliação e reforma de uma de suas filiais dificultou a operação da empresa.

A partir da data do deferimento a juíza determinou a suspensão de todas as ações ou execuções contra o frigorífico. E ordenou que sejam apresentadas contas demonstrativas mensais, durante o período de recuperação.

De acordo com o advogado da empresa e especialista em recuperação judicial, Eduardo Henrique Vieira, da ERS Consultoria, as dificuldades de mercado e a concorrência desleal com os grandes frigoríficos que obtém empréstimos a juros menores com o BNDES, enquanto os menores ficam com os juros altos dos bancos, dificultaram a atividade da empresa.

Segundo Vieira o próximo passo do processo de recuperação é elaborar o plano de pagamento dos credores. Este cronograma de pagamentos deve ser produzido e negociado junto aos credores em 60 dias. “Nossa prioridade é pagar inicialmente os pecuaristas que fomentam a atividade, e em seguida os bancos e outros credores”, informou.

A Forteboi existe desde 1999, a primeira empresa começou em Rondonópolis/MT, em 2005 foi transferida para Juína, já em 2009 decidiu instalar uma indústria de transformação em Sinop/MT com o objetivo de reduzir seus custos com logística.

Atualmente gera mais de 150 empregos diretos em todas as unidades, abate cerca de 4 mil cabeças mês, mas tem capacidade para 6 mil, considerada uma empresa de médio porte. Na cidade boa parte da economia local, e adjacências, dependem da pecuária. O funcionamento regular da empresa ajuda no fomento da economia local, gera impostos municipais e estaduais e postos de trabalho indiretos.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, lamenta mais esta situação, o que reduz o número de frigoríficos para abate em Mato Grosso. “A crise frigorífica ainda é forte não só no Estado, mais no país. Enquanto o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não abrir políticas que beneficiem os pequenos, apenas os grandes grupos, vamos continuar nessa situação”.

Vacari destaca que como consequência do cenário, é cada vez maior o monopólio dos grandes grupos frigoríficos no mercado, que começam a pressionar e estipular preços.

As informações são dos portais O Documento e Expresso MT, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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