Mercado Físico da Vaca – 12/07/10
12 de julho de 2010
Mercados Futuros – 13/07/10
14 de julho de 2010

MT: frigorífico Pantanal suspende abates

Os frigoríficos do grupo Pantanal suspenderam temporariamente as atividades em Mato Grosso. Três unidades localizadas no Estado, sendo uma em Várzea Grande, uma em Rondonópolis e outra em Juara deixarão de abater bovinos nos próximos dias. O proprietário dos frigoríficos Pantanal, Luiz Antônio Freitas, que também é presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), explica que a decisão foi tomada por inviabilidade de mercado e para evitar a falência financeira da empresa. Freitas salienta, porém, que todos os compromissos serão honrados em dia e que nenhum fornecedor ou funcionário ficará sem receber o que tem de direito.

Os frigoríficos do grupo Pantanal suspenderam temporariamente as atividades em Mato Grosso. Três unidades localizadas no Estado, sendo uma em Várzea Grande, uma em Rondonópolis e outra em Juara deixarão de abater bovinos nos próximos dias. As plantas, juntas, abatiam 1,5 mil cabeças por dia. Com este fechamento, sobe para 13 o número de plantas em Mato Grosso que estão com as operações paralisadas, um comprometimento de 33,3% do parque industrial do Estado.

O proprietário dos frigoríficos Pantanal, Luiz Antônio Freitas, que também é presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), explica que a decisão foi tomada por inviabilidade de mercado e para evitar a falência financeira da empresa. Freitas salienta, porém, que todos os compromissos serão honrados em dia e que nenhum fornecedor ou funcionário ficará sem receber o que tem de direito. “O mercado está ruim e para evitar problemas mais graves resolvemos interromper por tempo indeterminado, mas vamos cumprir todos os nossos compromissos”, argumenta o empresário.

A unidade de Rondonópolis funcionou até a última sexta-feira (9). A de Várzea Grande fecha as portas no próximo dia 20 e em Juara as atividades seguem até dia 30 de julho. Luiz Antônio Freitas acredita que o fechamento de sua empresa não vai refletir nas atividades econômicas do setor. Para ele, o Estado tem capacidade ociosa e é capaz de suprir o mercado e atender a todos os produtores, sem provocar alterações no mercado de bovinos. “Temos capacidade para abater 2,5 vezes o que abatemos hoje, isso mostra que não haverá impacto para os pecuaristas, visto que há mais capacidade de abate do que oferta de animais”.

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, rebate a afirmação de Freitas e diz que qualquer fechamento causa impacto. Segundo Vacari, há 2 problemas no setor da carne, primeiro seria um possível monopólio por parte de 2 grandes grupos que detêm 33% das unidades em funcionamento atualmente. Outro problema apontado por Luciano Vacari seria a falta de remuneração por parte do setor varejista. “Os frigoríficos realmente estão pagando melhor aos produtores, mas o setor varejista também precisa entender que eles compõem uma cadeia produtiva e que é preciso repassar isso para os outros elos”, afirma Vacari ao comentar que o segmento não paga o que de fato os frigoríficos precisam.

Luiz Antônio Freitas elege ainda um outro motivo. Segundo ele, o mercado externo não está fluindo bem e as taxas cambiais não permitem a remuneração das indústrias. “Com o mercado internacional não indo bem, fica um excedente de produção no país que força os preços para baixo”. Apenas uma unidade do Pantanal continua operando, em Ji-Paraná, no Estado de Rondônia.

Quanto ao domínio de grupos no mercado, Freitas não analisa o fato como um prejuízo. “Os pecuaristas reclamam que há pouca concorrência, mas o preço que os grandes estão pagando a eles está acima do que as empresas menores podem pagar. O que acontece é que existem muitos frigoríficos para poucos animais”. Vacari contesta a opinião dizendo que o Estado possui o maior rebanho bovino do país e que a capacidade ociosa é em virtude da falta de mercado e ainda completa que a falta de concorrência vai chegar até a ponta da cadeia. “Daqui a pouco os consumidores não terão mais opções de compra nos supermercados”.

Luiz Antônio Freitas afirma que as unidades não foram vendidas, arrendadas ou alugadas para outras empresas. “Não vendi e não tenho a pretensão de vender ou arrendar”.

As informações são da Gazeta Digital, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Luiz Carneiro Braga Junior disse:

    Empresa ótima de se trabalhar. Meu primeiro emprego nunca vou esquecer dos conhecimentos adquiridos muito menos dos amigos que fiz aqui e logo estaremos de volta para mais um ciclo dessa empresa.
    Obrigado frigorifico pantanal!!
    Luiz C. Braga Junior – Medico Veterinário

  2. Evándro d. Sàmtos. disse:

    É uma pena!

    Lastimo observar a paralisação de empresas frigoríficas.

    Esta empresa sempre trabalhou muito bem,e priorizou os cortes primários.Infelizmente já não há mais espaço para que um frigorífico,apenas,ou praticamente,milite apenas em cortes primários,miúdos e subprodutos.

    O caminho da valorização,bem como da manutenção de empresas do ramo no mercado,passa obrigatoriamente pela busca incessante da transformação e valorização da matéria prima.

    Quanto mais primários somos neste negocio mais risco corremos,o ambiente das commodities sugerem altíssimo giro,pouca margem e grandiosos riscos,vale a pena?!

    Torço pelo pronto retorno deste grupo,assim como torço pelo retorno do Frialto, do Arantes,do Independência e do Estrela (já vemos produtos dos dois últimos no mercado).Que possam voltar ter a força que sempre tiveram neste nosso mercado,que o nosso mercado não se torne um monopólio,isso definitivamente não é bom para ninguém.

    Nem para quem obtiver o mando deste monopólio.

    Mercado sem concorrência é mercado falido,é consumidor que migra,sem medo de errar,para outras opções.

    É mercado propício a capitais estrangeiros.

    Daí minha indignação com o BNDES,é fundamental que este banco retorne ao principio para que foi criado e que pare priorizar este ou aquele grupo,atendendo possivelmente além de interesses empresarias,de selvageria capitalista a toda prova,mas também aqueles políticos corruptos de plantão,sempre ávidos pelas facilidades ilícitas proporcionados pelos seus cargos,cargos estes que lhe são conferidos pelo povo e para o povo deveriam ser exercidos.

    É realmente lastimável,verificarmos o que se faz com a COISA publica neste país.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  3. jucelia silva disse:

    Espero que o pantanal retorne o mais rápido possível, pois é uma ótima empresa, com pessoas que realmente gostam de trabalhar. Com responsabilidade e honestidade.

  4. Luiz Carlos Lyra disse:

    Fico preocupado por mais uma empresa fechar,mas ao mesmo tempo admiro empresarios deste tipo . Parar antes de dar prejuisos a quem quer que seja,isto sim é uma posiçao correta.Parabéns sr.LUIZ FREITAS.

  5. Pedro Alves Netto disse:

    espero a volta dessa empresssa o mais rapido possivel.
    boa sorte.