Em 12 dias de suspensão das exportações para os europeus, as perdas dos frigoríficos mato-grossenses atingiram a cifra de R$ 7,2 milhões. As informações são do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo).
Em 12 dias de suspensão das exportações para os europeus, as perdas dos frigoríficos mato-grossenses atingiram a cifra de R$ 7,2 milhões. As informações são do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo).
Ontem, a Superintendência Federal da Agricultura (SFA/MT) confirmou que das 128 propriedades mato-grossenses consideradas aptas a exportar ao bloco, apenas 117 foram revalidadas durante uma nova auditagem feita a pedido do ministério.
O superintendente em exercício, Plínio Lopes, antecipou que elas estão localizadas na regional de Cuiabá (exceto Pantanal), Rondonópolis, Barra do Garças, Lucas do Rio Verde, Pontes e Lacerda e Cáceres.
De acordo com o Sindifrigo, a perda diária dos frigoríficos é de cerca de R$ 600 mil, considerando a média mensal de R$ 18 milhões em exportações para a União Européia em 2007, quando Mato Grosso totalizou US$ 216,24 milhões em vendas para o bloco. Em volume, Mato Grosso comercializou 40,87 mil toneladas para a Europa no ano passado, representando 34% das exportações totais de carne em 2007.
Para o consultor José Vicente Ferraz, a indústria frigorífica e as tradings exportadoras de carne estão sendo mais afetadas que os pecuaristas porque perderam os destinos para as carnes mais nobres, que são mais rentáveis. “O mercado pode absorver o volume exportado para a União Européia, mas com queda na rentabilidade”, considerou.
Os analistas acreditam que os pecuaristas serão afetados pelo embargo europeu à carne brasileira, mas em menor intensidade porque o mercado vive um ciclo de baixa oferta de animais, o que irá manter as cotações em um nível superior ao registrado nos últimos anos.
As informações são de Marcondes Maciel, do Diário de Cuiabá/MT.
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O que se vê, nesse episódio do embargo, é o despreparo de quem tem o comando da pasta da Agricultura (ao admitir, de público, que, de fato, muitos frigoríficos exportaram – e com as bênçãos, veladas do SIF – sem nenhum critério ou compromisso com as exigências dos importadores quanto à rastreabilidade) e o descaso, explícito, dos líderes setoriais que se limitam a bater na tecla do óbvio: que dá conta que a UE está querendo denegrir a imagem da carne brasileira sem se importar com a procedência da denúncia que gerou o embargo.
Muita conversa e pouca ação para a retomada dos negócios. Vale a velha máxima: “quem não tem competência – para gerir seus próprios assuntos internos – não se estabelece”.