Representantes da indústria frigorífica de Mato Grosso estiveram reunidos com a equipe econômica do governo estadual para pedir socorro no sentido de evitar o fechamento de novas plantas e mais demissões no setor.
Representantes da indústria frigorífica de Mato Grosso estiveram reunidos com a equipe econômica do governo estadual para pedir socorro no sentido de evitar o fechamento de novas plantas e mais demissões no setor.
O Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo) defende que o valor devido das indústrias (R$ 7 milhões ) que paralisaram suas atividades, não seja rateado entre as empresas que ainda continuam trabalhando.
Na reunião com técnicos da Secretaria de Fazenda (Sefaz), os empresários apresentaram um diagnóstico sobre a situação dos frigoríficos no Estado e solicitaram do governo um ajuste no valor da estimativa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a indústria.
O rateio do “prejuízo” é uma conseqüência do enquadramento tributário das empresas que formam o segmento, que é o regime de estimativa, pelo qual se recolhe o ICMS com base exclusivamente sobre o faturamento da empresa. Fica estabelecido então, que todas as empresas juntas terão de ter enviado aos cofres estaduais um valor pré-determinado. Se no exercício fiscal o volume não for atingido por qualquer motivo, o valor devido deverá ser pago por todas as beneficiadas pelo regime. Neste caso para 2008, o recolhimento de ICMS deverá totalizar R$ 109 milhões. Com cinco plantas desativadas neste segundo semestre, R$ 7 milhões deixaram de ser gerados por estas empresas.
“Não podemos assumir o passivo dos frigoríficos que estão fechados, pois as indústrias passam por um momento muito delicado e isso viria complicar ainda mais a situação, podendo gerar novos fechamentos e demissões”, alerta o presidente da entidade, Luís Antônio Freitas Martins.
Segundo Martins, as indústrias em atividade estão fazendo o recolhimento dos impostos regularmente e “não podem assumir mais este ônus”.
“Caso não seja feito um ajuste no valor da estimativa, novas demissões irão ocorrer, pois a cada dia está caindo o volume de abates no Estado por falta de boi gordo”, adverte Martins.
“Esta é uma crise localizada, gerada pela escassez de matéria-prima para suprir os frigoríficos. A situação poderá se agravar com a queda das exportações e com os efeitos da crise internacional que já estão repercutindo em Mato Grosso”, assinalou Martins, que acredita no “entendimento e no bom senso” por parte do governo.
A matéria é do Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.