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MT: Frigoríficos perdem R$ 1,2 mi/dia

Prejuízos diários de mais de R$ 1,2 milhão. Este é o montante que o Sindicato dos Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo) contabiliza como saldo da greve dos fiscais federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o presidente do Sindifrigo, Luiz Antônio de Freitas, as perdas levam em consideração somente os custos fixos das 25 plantas frigoríficas do estado, habilitadas à exportação, que, dependendo de sua estrutura, gastam entre R$ 50 mil e R$ 60 mil com manutenção.

Até ontem, a maior parte dos frigoríficos havia reduzido em cerca de 50% sua capacidade de abate porque a capacidade de estocagem está no limite.

A determinação do juiz federal, Julier Sebastião da Silva, que autorizou anteontem o Instituto de Defesa Animal e Vegetal (Indea) a realizar o serviço de inspeção e certificação de produtos perecíveis destinados à exportação não deverá resolver o problema. Segundo Freitas, estes procedimentos não são simples assim. “O sistema de cadastros do Mapa requer veterinários credenciados e com senhas específicas. É extremamente complexo e o pessoal do Indea não possui este treinamento”.

Desde a deflagração da greve, na última segunda-feira, os 70 fiscais que atuam no Serviço de Inspeção Federal (SIF) deixaram de realizar as certificações exigidas para exportação de produtos, que de acordo com a pauta estadual, atingem em cheio as vendas da soja e de carnes.

O Sindifrigo destaca que nesta situação existe também o prejuízo moral, tanto com relação aos nossos fornecedores como aos clientes. “É preciso muito trabalho para conquista do mercado externo, que é extremamente exigente, principalmente com relação aos prazos de entrega. Neste caso, os navios atracados não esperam a mercadoria chegar e não temos navios zarpando todos os dias. Um dia de atraso aqui pode refletir para nosso cliente em até dez dias de espera”, explicou.

No início da noite de ontem os fiscais do estado aceitaram a proposta de interromper a greve até o dia 31, para que as negociações fossem feitas por uma câmara de negociação. Para a decisão ser validada eram necessários votos de aprovação de mais nove estados. Até a publicação dessa matéria a decisão não havia sido anunciada.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint

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