O mês de julho de 2013 registrou o maior abate de bovinos da história de Mato Grosso. Foram enviadas ao gancho 563.00 mil cabeças, um aumento de 15,69% na comparação com o mês de junho (486.64 mil cabeças). O recorde anterior, para um mês, foi registrado em janeiro de 2007 (544.69 mil cabeças).
Oferta e demanda
Os dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) trouxeram dois recordes para o Estado. O primeiro deles refere-se ao abate em julho de 2013, mês que registrou o maior abate de bovinos da história de Mato Grosso. Foram enviadas ao gancho 563,00 mil cabeças, um aumento de 15,69% na comparação com o mês de junho (486,64 mil cabeças).
O recorde anterior, para um mês, foi registrado em janeiro de 2007 (544,69 mil cabeças). Além disso, o ano de 2013 caminha para o segundo recorde consecutivo no abate de bovinos e a afirmação só é possível devido aos números do Indea. Para se ter uma ideia, no ano de 2007 foram abatidas, de janeiro a julho, 3,21 milhões de cabeças, já em 2013, o acumulado dos abates de bovinos é de 3,47 milhões de cabeças, 8,48% a mais.
Outro ponto de destaque é o fato de pela primeira vez no ano o abate de machos ser superior ao de fêmeas, indicando que uma parte dos bois confinados já foi entregue à indústria.
Preços da semana
No estado o preço da arroba do boi e da vaca desvalorizou. A arroba do boi gordo apresentou uma queda de 0,05%, variando de R$ 88,23 na semana passada para R$ 88,19. Já a arroba da vaca registrou uma variação negativa mais acentuada (0,33%), na semana passada a média estava cotada a R$ 79,98 e na semana atual o preço chegou a R$ 79,72.
Noroeste: A região apresentou pouca variação na semana (-0,11%), registrando uma média de R$ 86,25/@ na semana atual, enquanto que na semana anterior o preço era de R$ 86,34/@.
Norte: Houve uma pequena valorização na arroba do boi nesta região, o preço aumentou 0,09% em relação à semana anterior, chegando a R$ 86,44 de média.
Nordeste: A arroba do boi nesta região atingiu o preço de R$ 87,11, apresentando a maior valorização do estado, uma alta de 0,43% no preço da arroba.
Médio-Norte: A semana na região foi de valorização no preço da arroba do boi gordo. A média foi de R$ 86,69/@, uma variação positiva de 0,12% em relação à semana anterior.
Oeste: Os preços na região oeste de Mato Grosso se mantiveram estáveis na comparação semanal, permanecendo em atuais R$ 89,92/@. No município de Pontes e Lacerda, o preço da arroba do boi gordo atingiu, na sexta-feira, o valor de R$ 90,17.
Centro-Sul: Nesta parte do estado o preço da arroba do boi gordo apresentou uma desvalorização de 0,39%, estando cotado a R$ 90,13. No entanto, em Cuiabá o preço registrado na sexta-feira foi de R$ 90,36/@, estando acima da média da macrorregião.
Sudeste: A região sudeste é a que mais apresenta desvalorização na arroba do boi, o preço médio desceu abaixo da casa dos R$ 90,00, ficando cotado a R$ 89,76. Diferentemente do acontecido em Rondonópolis, município que registrou preços acima de R$ 90,00/@.
Reposição
O preço médio do boi magro em Mato Grosso no mês de agosto segue em alta, cotado atualmente a R$ 1.185,38/cabeça. Na figura abaixo, pode-se observar que o mercado de reposição para o boi magro desde janeiro de 2013 apresenta evoluções positivas, em parte, explicadas por as cotações do boi gordo trabalharem em patamares maiores às alcançadas no início do ano.
O mesmo boi magro era negociado na primeira semana de janeiro de 2013 a R$ 1.045,12/cabeça, uma alta de 13,4% durante esses 8 meses percorridos. A fêmea também sofreu alta em seus preços, cotada este mês a R$ 1.184,74/cabeça, a matriz apresenta valorização de 7,8%, quando comparada ao mês de janeiro de 2013, no qual fora cotada a R$ 1.099,25/cabeça.
Relação de troca
Considerando o levantamento dos custos de produção da bovinocultura de corte em Mato Grosso, realizado pelo Imea, o momento não é dos melhores para o pecuarista. Ao observar a figura abaixo, percebe-se que no segundo trimestre de 2013 (2T13) o preço pago ao pecuarista foi suficiente para o pagamento de seus custos variáveis ou seu custo operacional efetivo (COE).
Se comparado ao custo operacional total, ou seja, levando-se em consideração os custos fixos, as contas não fecham, o pecuarista gasta mais do que recebe para produzir uma arroba. Observando com mais atenção, constata-se ainda que em poucos momentos, desde 2009, a conta fechou no azul para os pecuaristas de Mato Grosso. Portanto, o pecuarista do estado precisa receber mais por sua arroba produzida, para que, além de lucro, ele consiga reinvestir na atividade.
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Fonte: IMEA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.