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MT: lideranças acreditam em novas quedas de preço

A redução do volume de abate pelos frigoríficos nas últimas semanas deverá provocar novas quedas nos preços da arroba do boi gordo para o pecuarista. Em Mato Grosso, algumas plantas deram férias coletivas devido à queda das importações motivada pela chegada do inverno europeu e pela repercussão da crise financeira mundial. O diretor executivo da Associação dos Produtores Rurais (APR), Paulo Resende, afirmou que ´ninguém tem parâmetros´ porque os preços estão oscilando muito. ´O mercado este ano ainda não está firme e só depois de março teremos uma idéia de como ficará o mercado´.

A redução do volume de abate pelos frigoríficos nas últimas semanas deverá provocar novas quedas nos preços da arroba do boi gordo para o pecuarista. Em Mato Grosso, algumas plantas deram férias coletivas devido à queda das importações motivada pela chegada do inverno europeu e pela repercussão da crise financeira mundial.

“A tendência é a cotação continuar caindo”, afirmou ontem o presidente da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACN/MT), José João Bernardes.

“O mercado está muito volátil e não dá para arriscar uma previsão” [sobre o comportamento dos preços nas próximas semanas], avalia o superintendente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Luciano Vaccari.

Apesar de existir oferta, os pecuaristas ainda estão inseguros em relação à extensão da crise mundial. “Não sabemos exatamente o que irá acontecer e também não podemos fazer planejamento porque os preços estão uma gangorra”, disse o pecuarista Alfredo Pinto Costa Marques.

O diretor executivo da Associação dos Produtores Rurais (APR), Paulo Resende, afirmou que “ninguém tem parâmetros” porque os preços estão oscilando muito. “O mercado este ano ainda não está firme e só depois de março teremos uma idéia de como ficará o mercado”.

Enquanto os preços da arroba permanecem indefinidos, a Acrimat aposta que a crise mundial não deverá afetar um dos itens da cadeia de produção do pecuarista mato-grossense: os produtos veterinários.

Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), os produtos veterinários no mês de dezembro de 2008 e na primeira quinzena de janeiro de 2009 tiveram uma variação média de preços pequena, assim como o preço da arroba, não chegando a 2%.

Segundo revendedores de produtos veterinários, as variações nos preços, que geralmente ocorrem em janeiro, principalmente na segunda quinzena, “não terão espaço neste momento para acontecer”.

Para Luciano Vaccari, o pecuarista deve prestar muita atenção no seu custo de produção. “O pecuarista deve fazer um bom planejamento e ficar com suas contas em dia para não sofrer com o problema de falta de crédito. Este é um momento de cautela e controle no custo de produção e os produtos veterinários são itens importantes”, orientou.

Vaccari alerta ainda para que as empresas do setor pecuário “sejam parceiras dos produtores, pois o desempenho da produção reflete diretamente nas vendas dos produtos”.

A matéria é de Marcondes Maciel, publicada no jornal Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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