Apesar da redução já esperada da participação de fêmeas em relação ao trimestre anterior, de 51,5% para 42,7%, quando a oferta de vacas naturalmente se reduz, a participação de vacas nas escalas de abate dos frigoríficos do Estado ainda se mantém acima da registrada no mesmo trimestre do ano anterior, de 40,6%.
Oferta e Demanda
O abate total registrado no terceiro trimestre deste ano, de 1,417 milhão de cabeças, foi 4,6% superior ao observado nos três meses anteriores, de 1,354 milhão, e 7,3% maior que o acumulado no mesmo período do ano passado, de 1,320 milhão de cabeças. Apesar da redução já esperada da participação de fêmeas em relação ao trimestre anterior, de 51,5% para 42,7%, quando a oferta de vacas naturalmente se reduz, a participação de vacas nas escalas de abate dos frigoríficos do Estado ainda se mantém acima da registrada no mesmo trimestre do ano anterior, de 40,6%.
Essa maior participação de fêmeas é reflexo de uma oferta de vacas, em valores absolutos, 12,8% superior na comparação com o mesmo trimestre de 2011, enquanto a oferta de machos registrou um avanço de 3,5%.
Preços da semana
Os preços da arroba do boi gordo à vista obtiveram uma média semanal de R$ 87,49, desvalorizando seu preço em 0,21%, equivalente a uma queda de R$ 0,18 em relação ao preço anterior. Enquanto isso a vaca gorda registrou um preço de R$ 80,36/@, alta de 0,62%.
Noroeste: com variação negativa de 0,41%, a região registrou um preço na arroba do boi gordo à vista de R$ 87,45, queda de R$ 0,36 em seu preço médio.
Norte: com queda de R$ 0,24 em seu preço médio, a arroba do boi gordo registrou uma média semanal de R$ 87,45, desvalorizando seu valor em 0,27%.
Nordeste: com a arroba do boi gordo cotada a R$ 87,74, esta porção de Mato Grosso aumentou seu preço em R$ 0,30, valorizando 0,35% em relação à semana anterior.
Médio-Norte: com máxima de R$ 88,12 e mínima de R$ 87,31, a média da região na arroba do boi gordo foi de R$ 87,68, desvalorizando 0,50% em relação à média da semana passada.
Oeste: obtendo uma variação negativa de 0,57%, equivalente a R$ 0,50, a média da arroba do boi gordo foi cotada a R$ 86,93 na região. A máxima atingida foi de R$ 87,25 e a mínima foi de R$ 86,66. Foram registrados negócios a R$ 86,00, no município de Araputanga, na terça-feira.
Centro-Sul: comercializada no município de Cuiabá a R$ 87,00 na sexta-feira, a média da arroba do boi gordo foi cotada a R$ 87,50, variando negativamente seus preços em 0,53%, equivalente a uma queda de R$ 0,47 no preço médio.
Sudeste: com uma valorização de 0,16% na arroba do boi gordo em relação à semana anterior, a média semanal para a região sudeste foi de R$ 87,72, incrementando seu preço em R$ 0,14. Foram registradas negociações ao preço de R$ 88,00/@ no município de Rondonópolis na terça-feira.
Reposição
Com base na análise da variação percentual dos preços do boi gordo, do bezerro (12 meses) e da bezerra (12 meses), a partir de janeiro do ano passado, verifica-se uma maior recuperação dos valores da arroba do boi gordo a partir de setembro. O preço do animal terminado, que até agosto passado registrava uma desvalorização de 11,4%, passou a acumular no atual mês de outubro uma queda de 4,8%.
Essa melhora no patamar de negócios do boi gordo pode vir a dar sustento aos preços pagos pelos animais de reposição. O preço do macho jovem manteve-se praticamente firme, dentro de uma faixa de variação de menos de 2%, já a fêmea acumulou desvalorização, chegando a 6,3% em agosto, apontando uma menor procura de bezerras pelos pecuaristas.
Relação de troca
O forte movimento de alta iniciado no começo deste ano no preço pago pelo farelo de soja, que arrastou consigo a relação de troca com a arroba do boi gordo, passou a registrar leves recuos a partir do mês de agosto. A relação de troca da arroba com a tonelada do farelo, na praça de Rondonópolis, que chegou a atingir a marca máxima de 16,0 @/tonelada em agosto, obtendo queda a partir de então, chegou ao número de 13,1 @/tonelada em outubro.
Apesar deste decréscimo na condição da relação de troca nos últimos três meses, em razão do aumento de 6,6% no preço do boi gordo a partir de agosto, além da queda observada no preço médio do farelo de 13,0% no mesmo período, o alto patamar alcançado pela tonelada do derivado de soja reduziu de forma significativa o número de negócios.
Fonte: IMEA, adaptada pela Equipe BeefPoint.