O frigorífico Pantanal paralisou suas atividades em Juara/MT e hoje suspende os abates em Matupá/MT. No total, 440 funcionários foram dispensados nas duas indústrias. Segundo informações da empresa, a paralisação é temporária, porém por tempo indeterminado. "Decidimos parar porque a conjuntura é desfavorável e ainda temos condições de pagar todos os nossos compromissos com fornecedores e funcionários", explicou o proprietário da empresa, Luiz Antônio Freitas Martins.
O frigorífico Pantanal paralisou suas atividades em Juara/MT e hoje suspende os abates em Matupá/MT. No total, 440 funcionários foram dispensados nas duas indústrias. Segundo informações da empresa, a paralisação é temporária, porém por tempo indeterminado. “Decidimos parar porque a conjuntura é desfavorável e ainda temos condições de pagar todos os nossos compromissos com fornecedores e funcionários”, explicou o proprietário da empresa, Luiz Antônio Freitas Martins.
“Não havia oferta suficiente [de animais para abate] e, para complicar, os preços estavam altos para compra e muito baixos para a venda. Não havia alternativa, por isso decidimos parar os abates enquanto ainda tínhamos condições de pagar nossos credores e funcionários. Se a empresa continuasse trabalhando, poderia correr o risco de não ter condições de cumprir seus compromissos financeiros. Acho que foi uma atitude de responsabilidade perante nossos colaboradores e fornecedores”. Martins informou que até o dia 1º de agosto todos os funcionários da empresa receberão seus direitos trabalhistas.
Ele disse que a paralisação é temporária, “até que o mercado volte a ser economicamente viável”. Segundo ele, os preços pagos pela arroba do boi gordo (R$ 75) não oferecia margem de lucro às indústrias, que vendiam a carne por R$ 5,20/Kg. A estimativa era de margem negativa em torno de 2%.
Luiz Antônio Freitas Martins, que é também presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), afirmou que o momento é de dificuldades para o setor devido à questões mercadológicas – preços da arroba e da carne – e às fortes pressões exercidas por órgãos como Sema, Ibama, Ministério da Agricultura, Secretaria de Fazenda e Ministério Público. “As empresas vivem acuadas pela fiscalização e não estão atuando de forma tranqüila. Muitas não estão suportando as pressões e acabam fechando as portas”.
Uma fonte da unidade de Juara informou que após uma audiência convocada pelo Ministério Público (MP), a empresa recebeu uma série de exigências e terá de fazer grandes investimentos. As exigências são com relação às regras ambientais.
A suspensão das atividades deverá causar impacto negativo no preço da arroba do boi em Mato Grosso, já que comprometerá ainda mais a capacidade de abate no norte do Estado, problema que já havia sido agravado pelo fechamento do Frialto.
Com o fechamento das plantas de Matupá e Juara, o Frigorífico Pantanal passa a atuar em Mato Grosso só com a unidade de Tangará da Serra, onde são abatidos diariamente 180 bovinos e 120 suínos. Porém, a produção será voltada apenas ao atendimento do mercado regional.
Já a planta de Ji-Paraná (RO), com capacidade para abater até 800 animais por dia, continuará atendendo o mercado doméstico e operando normalmente no comércio interestadual e também exportações.
As informações são do Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Triste notícia para o setor. Especialmente para os produtores do norte do MT. Mas parar liquidando todos seus compromissos é muito raro neste ramo. Espero que possam retomar as operações em breve.
Att,
Nós que estamos no meio sabemos o quanto é dificil tomar esse tipo de atitudade, de honras compromissos com fornecedores, pecuaristas e funcionários. Lamentável a situação de suspender as atividades mas feliz na atitudade, visto que tantos outros não tiveram a mesma coragem e respeito com todos, como o Quatro Marcos recentemente.
Parar “liquidando” os compromissos é uma notícia ótima diante de tantos sustos que o setor vem tomando !
O mundo é “cão” e o mercado está no mundo…rss..
Apesar disso tudo, dá pra melhorar alguma coisa nesse setor, basta QUERER, e desse sentimento/atitude procedem os outros, como, ceder, estudar, analisar, profissionalizar e principalmente RESPEITAR. Enquanto isso não acontece, fica ai o cenário, onde alguns param ( ou quebram ) e outros, como “filhos mais prestigiados”, são sustentados pelo patrão BNDES. É hora de mudança e mudança séria neste setor !
Isso e um fato a lamentar meu caro Luis Henrique… A cada dia que passa a tendência ira ser esta, ou pelomenos e oque projeta…