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MT: por prevenção, MAPA abaterá bovinos alimentados com cama de aviário

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Mato Grosso reforçou a vigilância e monitoramento das propriedades rurais onde a utilização de proteína animal na alimentação dos ruminantes foi identificada. A prática representa um risco para a disseminação de doenças, entre elas, a da 'vaca louca'.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Mato Grosso reforçou a vigilância e monitoramento das propriedades rurais onde a utilização de proteína animal na alimentação dos ruminantes foi identificada. A prática representa um risco para a disseminação de doenças, entre elas, a da ‘vaca louca’. Vinte e sete animais deverão ser abatidos até o mês de novembro em caráter preventivo por terem exames confirmando na dieta o uso da chamada cama de aviário (formada de restos de ração, penas, substratos e fezes).

O município de Nova Marilândia, a 261 km de Cuiabá, tem o maior número de bovinos que precisam ser abatidos: 17. Tangará da Serra, a 242 km da capital, outros sete (já abatidos); e Campo Verde, a 139 km, outros três. Desde janeiro, 40 propriedades foram fiscalizadas em ação conjunta entre Mapa e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).

Quando constatada a irregularidade, o proprietário pode ser penalizado e responder pelo crime de incolumidade pública (propagar doenças ao animal e ao homem). “Das 40 propriedades fiscalizadas encontramos uso de proteína animal em três. Os animais devem ser eliminados para se evitar o risco”, afirma o médico veterinário Donizeti Mesquita, responsável pelo Programa de Prevenção da Vaca Louca e Controle de Raiva em Herbívoros do Mapa em Mato Grosso.

“Como o Brasil não quer ter problemas com a doença, elimina preventivamente os animais”, afirma o veterinário. Mesmo sem ter registrado no país nenhum caso, os agentes de sanidade animal mantêm o alerta para proteger o rebanho, já que Mato Grosso possui o maior número de cabeças de gado do Brasil, com mais de 29 milhões de animais.

O veterinário explica que a cama de aviário oferece riscos sanitários para os bovinos porque no Brasil a ração utilizada para alimentação dos frangos contém entre seus ingredientes a farinha de carne. Este material é descartado, em partes, nas fezes das aves, ou mesmo desperdiçado durante enquanto elas se alimentam.

Fonte: G1 – MT, MAPA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

2 Comments

  1. José Manuel De Mesquita disse:

    Pois é… a prática continua e continuará até que se aplique as sanções previstas em leis com máximo rigor.

    A propósito, alguém pode informar que sanções foram aplicadas aos responsáveis pela ocorrência desta prática no confinamento da Fazenda Katayama em Tres lagoas-MS?

  2. Eduardo Basílio disse:

    Ai está uma lei que precisaria de, no mínimo, ter sido mais discutida, com profundidade antes de sua edição. Há inúmeras controvérsias a respeito. Creio que cabe mais discussão a respeito, entre todas as parte interessadas. Proibir simplesmente, já se mostrou totalmente ineficaz. Não há como fiscalizar na prática.