O desenvolvimento da atividade pecuária na região foi possível com a redução de 8% da área de pastagem em todo o país. A constatação é da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base em pesquisa de dados do IBGE, referente ao intervalo de 1975 a 2011.
O rebanho bovino de Mato Grosso aumentou 564% nas últimas 3 décadas, bem acima do índice nacional que dobrou no mesmo período. O desenvolvimento da atividade pecuária na região foi possível com a redução de 8% da área de pastagem em todo o país. A constatação é da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com base em pesquisa de dados do IBGE, referente ao intervalo de 1975 a 2011.
O levantamento traça um histórico do avanço do efetivo de bovinos do Estado, contabilizado em 3,1 milhões de animais em 1975 – e distribuído em 11,2 milhões de hectares na época – para 20,666 milhões de cabeças em 2006, quando ocupava 2,062 milhões de hectares.
Mais recentemente o cenário começou a mudar, como observa o analista de mercado de boi gordo do Imea, Fábio da Silva. No ano passado houve uma diminuição de 1,79% no rebanho, atualmente estimado em 28,670 milhões de cabeças, ante 29,2 milhões existentes em 2011, além de retração nas áreas ocupadas com pastagem. Silva esclarece que a redução no maior rebanho do país decorreu da intensificação dos abates de fêmeas.
Quanto ao aumento no efetivo bovino registrado em anos anteriores, é explicado pelos investimentos em tecnologia, incluindo a melhoria das pastagens e da qualidade genética do rebanho. Isso resultou num aumento da taxa de lotação e do peso das carcaças. De acordo com o analista do Imea, para cada hectare ocupado com pastagem no Estado há 1,2 animais.
Luciano Vacari, Superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), concorda que é possível avançar na produtividade e expansão do rebanho numa mesma área, mas para isso os pecuaristas precisam melhorar a rentabilidade ou ter maior acesso a financiamentos.
Fábio da Silva, analista do Imea, explica que o cenário registrado em 2012 refletiu os problemas acumulados em 2010 e 2011 como seca e aumento da ocorrência de pragas nas pastagens. Vacari acrescenta que há uma conjuntura que obriga o pecuarista a melhorar a produção, como o avanço da lavoura sobre as áreas de pastagem, mas para este ano as perspectivas apontam para uma repetição das práticas mantidas no ano passado, como a manutenção do índice de abates de fêmeas.
Sobre a diminuição da área ocupada com a pecuária, o analista do Imea comenta que esse movimento decrescente começou a partir de 2008 quando havia 25,8 milhões de hectares destinados a atividade. Para 2012, a média é de 24 milhões de hectares, retração de 6,97% em relação a 2008. Em todo país, segundo o Mapa, a área de pastagens naturais e plantadas em 1975 era de 165,6 milhões de hectares. Em 2011 o número baixou para 152 milhões, numa variação negativa de 8%.
Fonte: Gazeta Digital, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.