Duas equipes de técnicos da União Europeia (UE) estão em Mato Grosso desde ontem para auditar plantas frigoríficas e propriedades rurais enquadradas no Sisbov (Sistema de Rastreabilidade Bovina) e que já fazem parte da lista para exportar carne in natura aos países do bloco europeu. As equipes são formadas por cinco integrantes da UE, além de técnicos da Superintendência Federal da Agricultura, em Mato Grosso, e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As visitas começaram ontem pela manhã e o objetivo é verificar em in loco se as propriedades rurais e os frigoríficos continuam atendendo os padrões exigidos pela União Européia, visando à manutenção da habilitação.
Duas equipes de técnicos da União Europeia (UE) estão em Mato Grosso desde ontem para auditar plantas frigoríficas e propriedades rurais enquadradas no Sisbov (Sistema de Rastreabilidade Bovina) e que já fazem parte da lista para exportar carne in natura aos países do bloco europeu. As equipes são formadas por cinco integrantes da UE, além de técnicos da Superintendência Federal da Agricultura, em Mato Grosso, e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As visitas começaram ontem pela manhã e o objetivo é verificar em in loco se as propriedades rurais e os frigoríficos continuam atendendo os padrões exigidos pela União Européia, visando à manutenção da habilitação.
De acordo com o fiscal agropecuário Guilherme Reis Coda Dias, do Serviço de Saúde Animal da SFA/MT, o trabalho de auditagem está sendo realizado simultaneamente nas propriedades rurais e indústrias. A equipe que está auditando as propriedades é composta por três técnicos europeus e outros cinco da SFA, que controla o Sisbov em Mato Grosso, e dois do Departamento de Saúde Animal do Mapa. A visita no Estado começou ontem pelo município de São José do Rio Claro e, hoje, a equipe estará auditando mais uma propriedade no município de Campo Novo dos Pareci. Entre os representantes de Mato Grosso na comitiva européia que visita as fazendas estão o chefe do Serviço de Saúde Animal da SFA, Ênio Arruda Martins, Isana Souza Silva, gestora estadual do Sisbov, e Alzira Catunda, diretora da Divisão de Defesa Agropecuária.
“A finalidade da missão é conhecer a qualidade da carne que a União Européia está comprando de Mato Grosso, desde a produção agropecuária, conhecendo a sanidade do rebanho, até ao final da cadeia, que é o abate dos animais e, em alguns casos, a industrialização do produto”, explica Guilherme Dias.
Já os frigoríficos a serem visitados pela missão européia são a Sadia, de Várzea Grande, e o BRF Foods (antigo Perdigão), em Mirassol D’Oeste. Dois auditores da UE, acompanhados de um técnico de Brasília e outro de Mato Grosso – Sérgio Lobo, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da SFA – realizam a auditagem das plantas. “Os técnicos vêm para validar o trabalho que já está sendo feito no Estado e renovar a habilitação das exportações para a Europa”, frisa a fiscal agropecuária federal Giovana Almeida.
As duas equipes ficam em Mato Grosso até domingo. Antes de retornar a Brasília, eles se reúnem no sábado para fazer uma avaliação prévia das visitas realizadas no Estado.
Guilherme Dias informou que além das 439 propriedades mato-grossenses credenciadas a exportar carne para a UE dentro das normas da rastreabilidade, outras 130 fazendas com certificação válida aguardam auditagem dos técnicos do Mapa para serem incluídas na lista européia. Em Mato Grosso, 11 frigoríficos estão credenciados a exportar carne in natura para a União Européia.
A auditagem passa pela avaliação da comissão estadual do Sisbov e, em seguida, é encaminhada ao Mapa, em Brasília. Lá é feita uma nova avaliação para posterior envio da documentação a uma comissão veterinária de Bruxelas, que emite o parecer final sobre a liberação. A avaliação dos técnicos leva em conta o controle de rastreabilidade das fazendas, levantamento do número de animais e a identificação do rebanho, confrontando as informações com o banco de dados do Sisbov, bem como a entrada e saída, nascimento e morte de animais.
A matéria é de Marcondes Maciel, publicada no Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Sugiro a todos consultar o relatorio do Food and Veterinary Office da UE a Irlanda para avaliacao da rastreabilidade para carne bovina. No link abaixo estao o relatorio final e dois arquivos com os comentarios da autoridade competente irlandesa.
http://ec.europa.eu/food/fvo/rep_details_en.cfm?rep_id=2635
Sugiro a leitura do ultimo relatorio do FVO a Irlanda sobre rastreabilidade de carne bovina. No link abaixo pode ser encontrado o relatorio e as duas respostas dadas pela autoridade competente irlandesa.
Caro Márcio, td bem com vc?
Excelente sua sugestão de leitura. E confesso que fiquei surpreso com a pressão do Food anda Veteniray Office da UE sobre a Irlanda. Como conheço um pouco a realidade da pecuária na europa e suas limitações e não tinha acesso a relatórios como este que indicou acreditava que a FVO trabalhava com dois pesos e duas medidas: uma para uso interno e outra externo. Mas estava errado. Seria muito bom traduzirem e divulgarem o relatório para um nº maior de pessoas. Fica a sugestão ao Beffpoint.
Att,
Jose Ricardo, (desculpe a falta de acentuacao)
Tudo bem. Realmente, a ideia que se tem sobre a acao do FVO e essa de dois pesos e duas medidas. Mas, posso dizer que pelo conheco do trabalho deles e dos proprios tecnicos, a acao e isenta e focada mesmo nos sistemas. O que nao podemos dizer e que sejam equilibradas as medidas tomadas diante desses resultados. No caso do Brasil um resultado como esse poderia gerar restricoes ainda mais significativas. Ja no caso da Irlanda, continuarao comercializando a sua carne, sem maiores turbulencias. Mas nao podemos dizer que nao sejam transparentes.
Att.
Márcio,
A lógica da auditoria e da elaboração do relatório pelo FVO são identicas aqui e lá. Diria que adotam o mesmo rigor. De fato um trabalho bem técnico. Se o SISBOV, pelo que pude perceber, esta em um estágio mais avançado do que o programa Irlandes certamente é porque somos mais frágeis politicamente perante a UE que um Estado membro e tivemos que nos esforçar mais. O nosso risco de sanções infelizmente é sempre maior. E o caminho é estar apto a atender as exigências ou obter apoio político de peso.
Mas podemos olhar por um outro angulo: são justamente estas pressões que nos fazem fortes. Acabamos de passar por mais uma missão com sucesso e avançamos na direção certa. Nossa industria frigorífica hoje é mais moderna e eficiente que a europeia justamente porque a pressão aqui sempre foi maior. Com a rastreabilidade parece estar ocorrendo o mesmo. Espero que do limão consigamos fazer limonada.
Att,