O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, sanciona hoje a lei que reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 12% para 3% sobre o boi gordo em pé, comercializado para outros estados. A principal justificativa para atender a solicitação dos pecuaristas do estado, é que a saída dos animais atua como medida para impedir o desmatamento em Mato Grosso.
A atitude é também uma alternativa temporária para retirar a pressão do número de bovinos prontos para abate, mas sem escoamento, dentro do mercado interno mato-grossense, devido à demanda de cabeças de gado acima da capacidade de abate dos frigoríficos. A medida passa a valer a partir deste semana.
Segundo Maggi, no ritmo de crescimento do rebanho, em 2006, Mato Grosso precisaria desmatar 1,3 milhão de hectares para comportar o número de cabeças de gado. Ele disse, entretanto, que a medida é “temporária” e não significa que o governo esteja contra o segmento de frigoríficos. “A decisão é uma questão ambiental. Se nós não tomássemos essa medida, pela quantidade de animais no estado, precisaríamos de 1,3 milhão de hectares de desmatamento no ano que vem”, justificou.
Maggi explicou ainda que “a decisão de liberar por um tempo é também para fazer com que o pecuarista tenha poder de comercialização. As plantas frigoríficas não dão conta de abater o gado que temos”. Como exemplos, o governador citou que nas regiões norte e Araguaia, os criadores levam de 45 dias a 60 dias para receber pelos animais comercializados e ainda enfrentam uma escala de abate de até 30 dias.
Da forma como o mercado de abate interno se apresenta, não há possibilidade dos pecuaristas comercializarem os animais. “No Araguaia, a questão não é preço. O criador não tem quem compra e ele não tem dinheiro para pagar funcionário, para comprar óleo e sal, insumos indispensáveis para a pecuária”.
Maggi também tranqüilizou proprietários de frigoríficos. “Não fiquem assustados. Não queremos desemprego, queremos abastecer o mercado e ter frigorífico para trabalhar a carne em Mato Grosso, seja internamente ou para exportação”, disse.
Fonte: Diário de Cuiabá/MT, adaptado por Equipe BeefPoint
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Os produtores do Mato-Grosso precisavam produzir 10% mais ou 10% melhor, para estar em igualdade de resultados.
Agora, os produtores vão ter igualdade de condições para poder mostrar seu real potencial de produção.
Parabéns aos pecuaristas pelas reivindicações e ao governador Maggi pela atenção e bom senso na sua decisão.
Nota dez pela decisão.
Isso irá dará um novo ânimo aos produtores e diminuirá a exorbitante diferença de preços entre o pecuarista do MT com o preço de outros estados.