As autoridades sanitárias de Mato Grosso estão em estado de alerta máximo. Com a confirmação da febre aftosa em três animais no Pará, que faz divisa com o Mato Grosso, a fiscalização na região de fronteira entre os dois estados foi reforçada.
Mais de 80 profissionais da área de defesa sanitária estão atuando no Estado para impedir a disseminação do vírus para o rebanho mato-grossense. O foco está a mais de 700 quilômetros da divisa estadual, mas coloca em risco o status sanitário de Mato Grosso. Há oito anos o Estado não registra casos da doença.
A faixa de fronteira entre Mato Grosso e Pará tem cerca de 1,5 mil quilômetros e engloba municípios do extremo Norte de Mato Grosso como Vila Rica, Matupá, Guarantã do Norte, Novo Mundo, Alta Floresta e Apiacás.
Segundo o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/Mato Grosso), Décio Coutinho, nesta região está 35% do rebanho estadual de 24,7 milhões de cabeças bovinas. “A doença no Pará serve de alerta para toda cadeia estadual e mostra que qualquer rebanho está passível de contaminação, por isso, temos de prevenir imunizando os animais”, alerta.
A suspensão das importações de carnes brasileiras pela Rússia e agora pela Argentina, ainda não traz impactos econômicos para o Estado. Os frigoríficos habilitados para comercializar com esses países mantém a produção normal. A estratégia do Indea/MT, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa) foi dobrar para quatro o número de equipes volantes e elevar o efetivo dos dois postos fixos (Vila Rica e Guarantã).
Fonte: Diário de Cuiabá/MT (Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint