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MT: relação de troca bezerro X boi gordo é a menor desde ago/2012

A pressão de baixa da arroba do boi gordo em comparação ao preço relativamente mais firme do bezerro, apesar da recente queda, proporcionou a queda da relação de troca entre os dois. Apesar da expectativa quanto a uma melhora da troca em comparação com a média do primeiro período do ano, a relação deve ainda assim ficar abaixo da registrada no segundo semestre do ano passado.

Oferta e demanda

A utilização da capacidade frigorífica instalada no Estado nos primeiros seis meses de 2012 registrou um avanço de 5 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2011, chegando a 40,9%. O maior avanço do uso da capacidade foi observado na região nordeste, onde a utilização passou de 15,7% para 28,7%, obtendo uma ampliação no período de 13 pontos percentuais. No entanto, apesar desse maior avanço do uso da capacidade na região, o nordeste é onde ainda se observa a menor taxa de utilização, em razão do grande número de frigoríficos com as atividades paralisadas.

Outra região que veio a registrar um aumento da utilização foi a norte, que obteve incremento de 7,6 pontos percentuais, com a terceira maior taxa de utilização do Estado, de 42,3%. Apesar do recuo de 1,9 p.p. e 3,5 p.p., as regiões médionorte e noroeste ainda registram as maiores taxas de utilização, com 72,1% e 56,9%, respectivamente.

Preços da semana

A média da semana no preço do boi gordo em Mato Grosso encerrou com registro de alta de 0,62%, ficando em R$81,42/@ à vista. Quanto ao preço praticado pela vaca gorda, esta também terminou a semana em ligeira alta de 0,21%, cotada a R$ 72,16/@.

Noroeste: as cotações para o noroeste do Estado encerraram esta semana com alta de 0,46% e média de R$ 81,18/@. O preço máximo registrado foi de R$ 81,52/@.

Norte: no norte do Estado houve valorização de R$0,72/@, o que equivale a uma movimentação positiva de 0,88%, com relação à semana anterior. A média ficou em R$ 82,36/@.

Nordeste: comparada à semana precedente a média atual desta macrorregião demonstrou variação positiva de 1,06%, terminando cotada à R$79,76/@ à vista.

Médio-Norte: no médio-norte do Estado o preço praticado ficou em R$ 81,89/@, o que equivale à valorização de 0,58% quando comparado à última semana.

Oeste: o preço cotado da arroba do boi gordo nesta porção do Estado valorizou-se 0,41% esta semana, ficando com média de R$81,37 à vista. Em Pontes e Lacerda, no dia 22 de agosto, houve registro de comercialização com o boi sendo negociado a R$ 82,00/@ à vista.

Centro-Sul: a média no centro-sul do Estado terminou a semana cotada em R$ 82,35/@ à vista, preço que comparado à outra semana demonstra variação positiva de 0,46%. Na cidade de Cáceres, na última sexta-feira, a arroba do boi foi negociada à R$ 82,00 à vista.

Sudeste: no sudeste do Estado a arroba valorizou-se 0,37% com a média ficando em R$ 81,61/@. O preço máximo registrado na semana foi de R$ 82,16/@ à vista. No dia 24/8 registrou-se negociação com a arroba do boi gordo à vista a R$ 82,00, na cidade de Pedra Preta.

Reposição

Mesmo com a recente queda do preço médio do bezerro (12 meses) em Mato Grosso, a relação de troca entre o bezerro e o boi gordo registrou queda e seguiu em agosto na faixa de 1,95 bezerro/boi gordo. Este é o menor patamar da relação desde agosto de 2010 quando a troca estava em 1,93 bezerro/boi gordo, ainda abaixo da casa de 2 bezerros/boi gordo.

A pressão de baixa da arroba do boi gordo em comparação ao preço relativamente mais firme do bezerro, apesar da recente queda, proporcionou a queda da relação de troca entre os dois. Apesar da expectativa quanto a uma melhora da troca em comparação com a média do primeiro período do ano, a relação deve ainda assim ficar abaixo da registrada no segundo semestre do ano passado.

Custo de produção

Apresentou queda as relações de troca entre a arroba do boi gordo e o milho, farelo de soja e o caroço de algodão, na comparação com agosto de 2011. Primeiramente, o preço do boi gordo acumulou uma desvalorização de 7,2% no período. Enquanto que, os três insumos apresentaram valorização de 18,2%, 140,4% e 49,5% para o milho, o farelo e o caroço, respectivamente. Com isso, a relação de troca, obteve uma evolução superior à valorização dos respectivos produtos. A maior alta observada, no caso do farelo da soja, levou a relação de troca de quase um boi gordo para cada tonelada do farelo, enquanto que, no mesmo período do ano passado essa relação de troca era de 6,2 @/tonelada. Alta também observada no milho, principal insumo em sistema intensivo, impactou em um aumento de 27,3%, chegando a quase 5 @/tonelada.

Fonte: IMEA, adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. eduardo pio chaves correa de figueiredo disse:

    artigos de muito boa qualidade. parabens