A indústria frigorífica de Mato Groso enfrenta problemas em decorrência da greve deflagrada pelos funcionários do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), que paralisou os serviços de emissão das guias de transporte animal (GTAs) e da comunicação de vacinação contra a febre aftosa. Atualmente, cerca de 18 mil a 20 mil cabeças/dia são abatidas.
A indústria frigorífica de Mato Groso enfrenta problemas em decorrência da greve deflagrada pelos funcionários do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), que paralisou os serviços de emissão das guias de transporte animal (GTAs) e da comunicação de vacinação contra a febre aftosa. Atualmente, cerca de 18 mil a 20 mil cabeças/dia são abatidas.
Neste cenário o reflexo junto ao consumidor deve ser sentido no prazo de cinco dias, com o início do desabastecimento do mercado local. A informação veio do presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), Luís Antônio Freitas Martins, durante coletiva à imprensa na tarde de ontem, em Cuiabá.
De acordo com Freitas, os prejuízos do setor chegam à casa de R$ 20 milhões/dia. Ele destaca, ainda, que tudo isso também afeta a imagem do Estado junto à comunidade internacional. “O volume de exportações pode até ser pequeno, mas nosso maior prejuízo está na quebra de confiança, no descrédito junto aos compradores, o que poderá levar à ruptura de contratos”, afirma.
Mas esta não é a primeira crise do ano no segmento industrial. O processamento de carne bovina no Estado sofreu uma redução de 19,5% em relação a 2007. Desde o início do ano o setor vem enfrentando dificuldades, com a redução na oferta do boi gordo, a elevação da arroba e também reflexos de embargos, como o russo.
Na coletiva de ontem, o presidente do Sindifrigo destacou a necessidade de o governo estadual voltar seus olhos com mais atenção ao setor que não só é um grande gerador de empregos, como também de impostos. Segundo ele, só com o abate bovino o recolhimento de ICMS gerará em 2008 R$ 110 milhões.
A greve dos servidores do Indea/MT foi deflagrada em meados de novembro, interrompida, e retomada na segunda-feira (1°). Na terça a Justiça determinou o retorno imediato de 30% do efetivo do Indea/MT no prazo de 24 horas. No entanto, até o final da tarde de ontem o presidente do Instituto, Décio Coutinho, ainda não havia sido comunicado oficialmente.
A matéria é de Tania Nara Melo, publicada no Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Essa greve veio num momento muito ruim. Estamos convivendo com uma crise mundial sem data para terminar e o pessoal do Indea vem com essa greve.
Eu tenho abate programado para dia 9/12 e preciso do dinheiro para pagar contas e agora não podendo embarcar esse gado, como faço com as contas? Assim como eu deve haver muitos colegas na mesma situação. É necessário que o governo encontre uma solução o mais rápido possivel.
Este pais não pode mesmo crescer, pois com a estabilidade de emprego é um caos para o Brasil.
Porque existe a estabilidade eles são melhores que os outros trabalhadores?
Não só os frigorificos estão perdendo e os produtores que tem uma folha de pagamento para cumprir, 13o etc., como fica? Não paga os salários?
Esta cada vez mais complicado produzir neste pais. Porque o governo do estado não intervem no órgão, pois os frigorificos vão dar férias coletivas se o Indea não começar a funcionar e só reabrir em janeiro, como que vamos cumprir nossos compromissos?
Aonde esta a justiça?
É uma total irresponsabilidade, por uma meia duzia de vagabundos o estado todo para, pois nao é so boi que deixa de ir para o frigorifico. Sao caminhoes parados com motoristas tendo que sustentar a familia, posto de gasolina, etc.
E complicado para nos das multis, porque temos que satisfazer nossos clientes, e segurar os contratos com paises exportadores na base do grito.
Mais dificil e ver o setor que gera mais emprego no estado, paralizado por reivindicações que são para melhoria dos profissionais no caso (INDEIA), e quem sai com perdas grandes somos nos…