“A mudança de governo na Argentina significará uma oportunidade, porque as relações mudaram e o Uruguai terá a possibilidade, se forem dadas as condições, de enviar carne ou ventres”, disse o integrante do Fórum Mercosul da Carne e do Instituto de Promoção da Carne Argentina, Martín Repetti. Ele disse que também é um desafio porque “de competidor passaremos a sócios, e esperamos poder trabalhar juntos em um Mercosul mais solidário, sem barreiras, e que possamos aproveitar essa região de mais de 300 milhões de vacas, para ter ingerência no mundo”.
Ele disse que “não há problema nenhum” que o Uruguai exporte gado à Argentina, acrescentando que “isso os deixaria mais tranquilos, porque não gosto da substituição da carne bovina por frango ou carne suína, como está ocorrendo, porque com isso, perdemos a cultura”.
Ele disse que a carne argentina tem um prestígio reconhecido a nível internacional. Com o crescimento da demanda mundial, as expectativas a médio e longo prazo para a pecuária e para as carnes em particular são muito boas para todo o Mercosul. No interior do país, voltou-se a considerar a pecuária como uma atividade de enorme potencial, o despertar de um “gigante adormecido”.
Há preocupação com a inflação e uma busca por elevar os índices de produtividade, visando a produção de animais mais pesados. Ele disse que a Argentina tem uma grande força, que é seu consumo interno. “Hoje, consumimos 93% e exportamos 7%”.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.