As propostas para o novo modelo do Sisbov estão temporariamente paradas. E assim devem ficar até a vistoria da missão da União Européia (UE), que no dia 29 inicia sua visita ao país. Somente a partir da inspeção é que os produtores brasileiros começam a trabalhar no novo modelo de rastreabilidade. Os produtores resolveram esperar a missão européia porque as mudanças propostas anteriormente não foram aceitas pelo bloco econômico.
A missão vai inspecionar fazendas, frigoríficos, certificadoras e unidades de inspeção de sete estados (MT, MG, RS, SC, PR, SP e ES) habilitados a comercializar com o bloco. Em 2004, a UE comprou 25% do volume exportado pelo Brasil 38,9% da receita cambial (US$ 964 milhões) de carnes bovinas.
“Alterações no modelo de rastreabilidade, só em 2006”, anunciou o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Mapa, Paulo Nogueira.
O setor produtivo solicitou mudanças no Sisbov. Eles queriam que a certificação do animal fosse por lote e não individual. Apesar da recusa da UE, o Comitê Técnico do Sisbov ainda discute o aprimoramento da rastreabilidade.
Quando o sistema nasceu, no governo passado, era para ser progressivamente obrigatório. Mas, na gestão do ministro Roberto Rodrigues, os produtores conseguiram torná-lo voluntário, exigindo-se a rastreabilidade apenas da carne exportada. “Não dava tempo para refazer as propostas a tempo da vinda da missão”, admite o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira.
Os técnicos ficam no Brasil até o dia 15 e em 30 dias remetem relatório para as observações do governo brasileiro.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe BeefPoint