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Mudança sim… mas de atitude!

Há algum tempo os invernistas vem percebendo que engordar bois no chamado sistema tradicional não proporciona mais a rentabilidade de outros tempos…

A massificação dos meios de comunicação generalizou a “cotação” e hoje em dia, não se consegue mais “ajuntar” bezerros com bons preços, pois os sem-informação estão em extinção.

Para piorar a concorrência, a pesquisa e os consultores difundiram tecnologia por todo o país e atualmente engorda-se boi em qualquer propriedade e com todo tipo de capim, basta trazer os nutrientes limitantes.

Por isso a figura do invernista que esperava sentado em sua “terra de colonião” vendedores de bezerros e compradores de bois gordos está cada vez mais rara.

O “tiro de misericórdia” vem com a aviltante comparação com a rentabilidade da soja, principalmente em anos como estes de recorde de preços do grão de ouro.

Não existe mais espaço para baixa lotação, ou melhor, para baixa produtividade por área! O que se vê por todo país é um alarmante aumento no abate de fêmeas e uma substituição acelerada das melhores áreas de pastos por agricultura.

Embora o mercado agrícola seja bastante promissor para os próximos anos, creio que a grande oportunidade que está se desenhando não é mudar de atividade (como muitos ainda vão fazer).

A perspectiva da pecuária pode ser ainda melhor, mas somente para aqueles que mudarem de atitude em relação à sua atividade.

Um bom começo é fazer como o agricultor que está arrendando seu o vizinho: Cheque sua lavoura todo dia!

Só para lembrar… aquele pasto que nem nome tem, e que há mais de três meses você não visita, também faz parte da sua lavoura!

0 Comments

  1. Paulo Afonso Braga Bornia disse:

    É válido o seu comentário, porém gostaria de acrescentar que a agricultura dispõe de financiamento bem mais abrangente, ou seja o agricultor ao fazer planejamento de plantio para 500 ha, recebe mais ou menos R$ 600,00 por ha, dinheiro suficiente para relizar o plantio, tratos culturais e a colheita.

    Já o pecuarista recebe um financiamento com o teto em reais estipulado pelo sistema financeiro, independente da àrea que disponha, e das reais necessidades que precise fazer em sua propriedade.

    Tendo o pecuarista a mesma proporcionalidade de recursos que o agricultor, sem sombra de duvida teremos uma verdadeira mudança de atitude.

  2. Alexandre Zadra disse:

    Caro José Ultimio Junqueira,

    Parabéns pelo artigo, pois tenho visto que os pecuaristas que realmente não tratam sua criação como empresa estão arrendando suas terras para lavoura, pois esses vêm pagando 1 bezerro por ha arrendado/ano. Dessa maneira, aqueles que não produzem 1 bezerro /ha/ano devem analisar profundamente oque pretendem da sua fazenda, buscando assistência como vocês ou mesmo vendendo ou arrendando suas terras.

    Vale lembrar que pode-se reformar pasto com a agricultura e então fazer a integração da Agricultura – Pecuária com sucesso.

    E sabemos ainda que para a pecuária ser mais eficaz, depende de um sistema de cruzamento bem orientado.

    Parabéns mais uma vez e sucesso!