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Mudanças propostas pelo FDA nas restrições nos alimentos dos animais não reduzirão os riscos de EEB

Mudanças nas atuais restrições nos alimentos dos animais propostas pela Food and Drug Administration (FDA) não reduzirão o já baixo risco de aparecimento de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou doença da “vaca louca”, nos rebanhos dos Estados Unidos, segundo anunciaram o Instituto Americano de Carnes (American Meat Institute – AMI) e outros 14 grupos agrícolas do país.

Os recursos do FDA poderiam ser mais bem gastos se trouxessem a alta taxa de confiança entre os fabricantes de alimentos dos animais próxima a 100%, disseram os grupos em resposta as Regras Propostas pelo FDA, publicadas em seis de novembro de 2002.

“Nem a atual ciência, nem a excelente taxa de confiança, apóiam uma expansão das regras neste período”, disse a carta. “Não somente esta proposta não terá um bom efeito no risco de ocorrência ou proliferação da EEB nos EUA, como também, as mudanças propostas irão retirar recursos valiosos que são necessários para garantir a total confiança às atuais regras que estão em prática”.

Em suas mudanças propostas, o FDA pediu comentários sobre os seguintes aspectos no que se refere à regulamentação do alimento dos animais:

– Exclusão do cérebro e da medula espinhal de produtos de origem animal;
– Uso de cama de frango na alimentação dos animais;
– Uso de pet food na alimentação de ruminantes;
– Prevenção da contaminação cruzada em fábricas de ração.

Os membros desta coalizão disseram que não conheciam nenhum outro programa ou regulamentação do FDA que tenha obtido uma taxa de confiança de 100% e disseram que, atualmente, menos de 1% de todas as fábricas que manejam materiais proibidos na alimentação de ruminantes promoveram violações significantes o suficiente para justificar estas ações de reforço do FDA. Isto está de acordo com os dados apresentados pelo diretor do Centro para Medicina Veterinária do FDA, Steve Sundlof, em uma mesa redonda organizada pelo AMI em dezembro.

O AMI e outros grupos enfatizaram em seus comentários que as regulamentações atuais do FDA com relação à alimentação de ruminantes são apropriadas, dado o baixo nível do risco de ocorrência de EEB nos EUA. De fato, como foi indicado por um estudo de Avaliação de Riscos da EEB, feito na Universidade de Harvard, se a doença viesse a ocorrer nos EUA, não seria capaz de se sustentar devido às atuais medidas que estão em prática. A atual taxa de confiança, quando avaliada pelo Modelo de Avaliação de Riscos de EEB desenvolvido pela Universidade de Harvard, previu que a doença desapareceria rapidamente caso viesse a ocorrer nos EUA.

Fonte: MeatingPlace.com (por Dan Murphy), adaptado por Equipe BefPoint

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