Mercado Físico da Vaca – 03/01/11
3 de janeiro de 2011
Mercados Futuros – 04/01/11
5 de janeiro de 2011

Multinacionais avançam nos mercados emergentes

"Novos mercados" de consumo, os países emergentes deram um salto importante nas vendas das maiores multinacionais em 2010. Esse grupo de países, que considera Brasil, Rússia, Índia e China (Bric), além de outras economias como Coreia do Sul, Polônia e África do Sul, responde por mais de 50% da receita bruta em dois dos oito maiores grupos internacionais na área de consumo.

“Novos mercados” de consumo, os países emergentes deram um salto importante nas vendas das maiores multinacionais em 2010. Esse grupo de países, que considera Brasil, Rússia, Índia e China (Bric), além de outras economias como Coreia do Sul, Polônia e África do Sul, responde por mais de 50% da receita bruta em dois dos oito maiores grupos internacionais na área de consumo. Em seis deles a fatia dos emergentes supera um terço do volume total comercializado.

Há potencial para mais, mesmo com a possibilidade de alguns desses “novos mercados” terem uma expansão mais discreta de sua economia em 2011. Relatório de analistas do Citi, publicado em dezembro nos Estados Unidos, prevê que a anglo-holandesa Unilever obtenha 70% de suas vendas em países emergentes num prazo de dez anos. “Entregamos resultados sólidos porque os mercados emergentes têm apresentado altos níveis de crescimento no volume vendido”, disse o analista Paul Polman, CEO mundial da companhia.

Desde 2008, com os impactos da crise financeira global, fabricantes de bens de consumo revisaram seus planos de investimentos. Decidiram ampliar o ritmo de lançamentos e despejaram somas maiores em contratações e projetos de ampliação da capacidade produtiva em países como Brasil e China.

“O nível de produtividade das companhias aumentou nesses países, para atender rapidamente a uma demanda maior”, disse Lars Pedersen, economista sênior da Alliance Bernstein, empresa de investimentos. A demanda nos mercados emergentes cresceu, lembrou Pedersen, pois há “mais pessoas com empregos formais, o que leva à certeza de ter um contracheque no fim do mês”.

Estudo da empresa realizado em 2009 mediu o peso dos países emergentes nas vendas globais das multinacionais. O Valor atualizou esses números, com base nas demonstrações financeiras até setembro de 2010. É possível concluir que em todas as oito companhias analisadas (Avon, Unilever, Colgate, Henkel, P&G, Reckitt Benckiser, L´Oréale Kimberly-Clark) houve aumento nessa participação. Na Unilever e na Avon já supera os 50%.

A matéria é de Adriana Mattos, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

Os comentários estão encerrados.