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NCBA expressa preocupação com relação às doenças animais

A maior organização de produtores de carne dos Estados Unidos, Associação Nacional dos Produtores de Carne (NCBA), novamente entrou em contato com oficiais das principais agências comerciais, de saúde animal e segurança dos alimentos do governo a fim de expressar suas preocupações com relação aos países que estão esperando poder exportar carne aos EUA.

O presidente da NCBA, Wythe Willey, mandou na semana passada uma carta ao Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) pedindo que sejam feitas missões para de descoberta de fatos com os oficiais apropriados do governo federal e estadual, bem como líderes da indústria de carnes dos EUA, a Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Esta missão examinaria os sistemas de erradicação de doenças e os controles de fronteiras que visam prevenir uma nova contaminação e disseminação da febre aftosa. A carta foi mandada aos membros do USDA, J.B.Penn, Elsa Murano e Bill Hawks.

Segundo Willey, vários países sul-americanos estão em diversos estágios de requerimento e re-certificação de seus status de livre de febre aftosa, com diferentes aptidões para exportar carne bovina fresca e congelada aos EUA. O Paraguai, particularmente, é a maior preocupação, segundo Willey, porque aparentemente tem presente o vírus da febre aftosa, que levou aos últimos casos da doença na Argentina e no Brasil e divide fronteiras comuns com os demais países.

Em 17 de julho, o NCBA apresentou comentários ao Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (APHIS) do USDA opondo-se às mudanças propostas nas regulamentações referentes à verificação de requerimentos de cocção para produtos de países onde existem febre aftosa, peste bovina e outras doenças.

Na carta enviada no dia 6 de agosto, Willey escreveu que a NCBA tem trabalhado incansavelmente para garantir que o rebanho dos EUA se mantenha livre de febre aftosa, encefalopatia espongiforme bovina (EEB) e outras doenças animais, e tem contribuído com os esforços de prestar assistência aos parceiros comerciais dos EUA na erradicação e prevenção da introdução destas doenças. Ele assinalou que a febre aftosa foi erradicada da América do Norte, e também nos países da América Central, com uma distância de 80,46 quilômetros da zona livre mantidos ao sul do Panamá.

No ano passado, a Argentina e o Uruguai perderam seu status de livre de febre aftosa e sua permissão para exportar produtos frescos, resfriados e congelados aos EUA. Willey disse que os oficiais da Argentina não reportaram as recorrências da aftosa logo que a mesma ressurgiu no país. Consequentemente, “nossos produtos precisam ser reassegurados de que as adequadas proteções estão sendo tomadas de forma que nosso rebanho não seja colocado em risco”.

“Caso fosse re-introduzida na América Central e do Norte, a febre aftosa poderia ter um efeito devastador aos pecuaristas e às economias envolvidas, como foi demonstrado com a ocorrência da doença na Europa no ano passado”. Por esta razão, os pecuaristas norte-americanos precisam de garantias de que “estão sendo executados controles apropriados nas fronteiras e a verificação dos processos nos países da América do Sul e seus vizinhos antes que o status de livre de febre aftosa seja concedido, permitindo que as exportações de carne fresca e congelada aos EUA sejam retomadas”.

Fonte: National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), adaptado por Equipe BeefPoint

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