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Nelore foi o show em Três Lagoas/MS

A 25ª Exposição Agropecuária e Industrial de Três Lagoas (Expotrês) não foi boa de gente, e sim de boi. Se faltou público para os shows, sobrou motivação para os pecuaristas.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural, David de Castro Borges, o evento deste ano foi 64% maior que o de 2001. Ele disse que essa foi a segunda maior mostra da raça Nelore do Centro-Oeste brasileiro. “Pelas informações que tenho, só perdemos para Goiânia, mas em Mato Grosso do Sul nós superamos todos os municípios com relação ao Nelore”.

Foram 750 cabeças em toda a exposição, com produtores rurais de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Apenas com relação ao Nelore padrão, foram 410 animais, com 78 mochos. “É a principal raça do Brasil e nela estamos muito bem representados”, disse Borges, ressaltando que a pujança da raça é devida ao grande rebanho de Três Lagoas, em torno de um milhão de cabeças. O julgamento do Nelore começou quinta-feira e terminou no sábado à tarde.

Campeões Nelore

O grande campeão foi o touro Faislan, da Fazenda Toca do Jacaré, de Campo Grande. O animal também havia sido vitorioso, recentemente, na Expoagro e em Maracaju. No campeonato geral por pontos, a Unimar venceu na categoria expositor, enquanto Jairo Dias ganhou como criador.

Outras raças também se fizeram presentes. Um dos destaques foi o grande campeão Apolo, da raça Guzerá, de Dante Emílio Romenzoni, de Pirajuí (SP). Aos 12 meses, o animal pesou 496 kg e foi premiado, a exemplo do que se verificou recentemente em Uberaba (MG) e Ourinhos (SP).

Pela raça Caracu, o maior destaque foi Fabrico, da Fazenda Jatobá, de Três Lagoas. Aos quatro anos e 10 meses, ele pesou 1.094 kg, uma marca impressionante.

Os ventos favoráveis para a pecuária refletiram-se nos leilões. Foram realizados cinco eventos, sendo um de Guzerá e os demais de Nelore. Nos primeiros a média foi de R$ 4 mil, considerada muito boa para um evento do gênero. O recorde na venda foi o touro Trevo TE CS, de 25 meses, pertencente ao pecuarista Claudio Garcia de Souza. O animal foi vendido por R$ 11,7 mil. Ao todo, os leilões angariaram em torno de R$ 4 milhões. Para Borges, os tempos estão propícios para a pecuária, mas “ainda faltam rodovias em boas condições para nosso produto ganhar mais competitividade. O pecuarista se ressente, por não ter como escoar os bois”.

Fonte: Correio do Estado/MS (por Messias de Queiroz), adaptado por Equipe BeefPoint

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