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Nem todos os frigoríficos já autorizados conseguem exportar à Rússia

Apesar de o governo ter anunciado há dois meses que a Rússia havia autorizado a importação de carne brasileira de 89 frigoríficos espalhados pelo país - e de, posteriormente, esse número ter sido ampliado para 101 - até agora nem todos foram efetivamente habilitados pelo Ministério da Agricultura a vender para aquele país. Segundo dados do Serviço de Inspeção Federal do ministério aos quais o Jornal Valor teve acesso, 20 plantas, de carnes suína e de aves, ainda esperam o sinal verde.

Apesar de o governo ter anunciado há dois meses que a Rússia havia autorizado a importação de carne brasileira de 89 frigoríficos espalhados pelo país – e de, posteriormente, esse número ter sido ampliado para 101 – até agora nem todos foram efetivamente habilitados pelo Ministério da Agricultura a vender para aquele país. Segundo dados do Serviço de Inspeção Federal do ministério aos quais o Jornal Valor teve acesso, 20 plantas, de carnes suína e de aves, ainda esperam o sinal verde.

Conforme o procedimento exigido por Moscou, o serviço sanitário russo inicialmente aprovou os estabelecimentos brasileiros interessados em exportar. Mas cada um deles tem de ser inspecionado pelos fiscais agropecuários do ministério, em um processo que demanda novos documentos que comprovem o cumprimento das exigências sanitárias impostas pela Rússia. Uma delas é a ausência de resíduos de ractomina, um suplemento alimentar, nas carnes. No Brasil, o uso do produto atualmente é permitido em suínos.

Fontes ligadas aos exportadores disseram que a demora para a conclusão desse trabalho tem frustrado algumas possibilidades de negócios. A oportunidade de ampliar as exportações para a Rússia surgiu a partir dos embargos de Moscou a exportadores americanos e europeus, entre outros, em uma resposta a sanções impostas à Rússia em decorrência da crise na Ucrânia. As mesmas fontes reconheceram que, em alguns casos, a demora é provocada pela dificuldade do estabelecimento em se adequar às exigências. Mas reiteraram que a lentidão do ministério também tem sido um problema.

Conforme executivos de frigoríficos, há 12 estabelecimentos de suínos que ainda não podem exportar. Cinco deles aguardam aval do governo, e sete ainda precisam cumprir padrões sanitários russos. Na área de aves, oito estabelecimentos esperam o sinal verde. No segmento de carne bovina, não há casos de plantas autorizadas pela Rússia que não estejam conseguindo exportar.

Além das unidades que já foram autorizadas, a Rússia ainda avalia a possibilidade de abrir seu mercado para mais 22 unidades brasileiras de bovinos, aves e lácteos.

Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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